Curitiba - A Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirmou por meio de nota, nesta segunda-feira (14), que foi surpreendida com o rompimento de contrato com a empresa terceirizada responsável pela alimentação dos estudantes nos Restaurantes Universitários (RUs) de Curitiba.

Segundo a universidade, a decisão foi unilateral e sem o cumprimento dos prazos estabelecidos em contrato.
“A universidade considera a decisão da empresa intransigente e infundada, uma vez que impacta, no período de férias, até 2 mil estudantes e servidores”, diz trecho da nota.
De acordo com apuração da reportagem, os funcionários terceirizados chegaram para trabalhar e encontraram o local sem diversos equipamentos que eram da própria universidade, como os fornos industriais. A fiação da cozinha também foi cortada, segundo relato de um funcionário.
Além disso, há depoimento de condições precárias de trabalho: “O pessoal precisa trazer os próprios equipamentos de casa porque não tem ferramenta para trabalhar”, disse um dos trabalhadores.
Eles ainda afirmam que não recebem direitos trabalhistas desde abril e neste mês de julho o vale-alimentação está atrasado.
Um dos exemplos é que os açougueiros cortavam as carnes com facas por falta de aparelhos de corte. Considerando que são feitas mais de 2 mil refeições, o trabalho manual é ainda mais demorado.
Os terceirizados aguardam por um posicionamento mais direto da UFPR em relação a situação que eles devem ficar. Uma manifestação será feita na tarde desta segunda, junto com alunos.
Em resposta, o pró-reitor de Orçamento e Administração, Saulo Silva Lima Filho, disse que a universidade está tomando medidas além das quais é responsável: “Nós aguardamos a decisão judicial que suspende o pagamento do saldo remanescente à empresa para garantir os direitos trabalhistas desses funcionários”, e acrescenta que”a universidade tem cadastrado todos os trabalhares envolvidos para receberem o vale-alimentação direto na conta”.
Ele ainda afirma que será feita uma contratação emergencial de uma nova empresa para atender a demanda das refeições de estudantes vinculados ao Programa de Benefícios Econômicos para Manutenção dos Estudantes (PROBEM) a partir desta terça-feira (15).
Nota da empresa
Em nota ao Portal RIC.com.br, a empresa contrada declarou que “optou pela rescisão unilateral motivada, com fundamento no art. 137, da Lei no 14.133/2021 e no art. 476 do Código Civil, em virtude de inadimplemento contratual substancial por parte da contratante, como graves omissões, descumprimento de obrigações contratuais essenciais relacionados à segurança, à infraestrutura e à viabilidade operacional dos serviços, colocando em riscos a vida das pessoas, a saúde, e a própria imagem da empresa”, disse em trecho.
A nota finalizou explicando que “QUEM SABE, NÃO SERÍA [sic] A HORA DOS REPRESENTANTES DOS ESTUDANTES, REQUERESSEM [sic] UMA VISTÓRIA DO BOMBEIRO, E FISCALIZACÃO POR PARTES DOS ORGÃOS DE FISCALIZAÇÃO. FICA A DICA.” finalizou o documento.
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