Foto: Geraldo Bubniak/AGB/ Estadão Conteúdo

Estudantes contrários à PEC 55 e a MP 746 ocupavam o Campus Centro da UTFPR desde a última sexta-feira (18)

As Polícias Federal e Militar cumpriram mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça Federal no Paraná, na manhã desta sexta-feira (25), no prédio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na região do Rebouças, em Curitiba (PR). Os estudantes, que protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 (PEC 55 no Senado) começaram a desocupar o local de forma pacífica por volta das 6h15. Segundo a PF, às 7h50, todos os estudantes tinham saído do prédio.

A reintegração de posse foi concedida no início da semana. Na última terça-feira (22), a Justiça Federal prorrogou o cumprimento da medida alegando que a Polícia Federal necessitava de preparo para fazer a operação de retirada dos alunos. 

Impacto nas aulas e no vestibular 

Um grupo de aproximadamente 70 estudantes ocupou o prédio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Curitiba na noite dessa sexta-feira (18). Outro grupo de estudantes, contrários à tomada do prédio, conseguiu entrar no local por volta das 9h30 deste sábado (19) gerando um clima de tensão no local.

As aulas no prédio foram suspensas ao longo de todo semana. Agora, representantes da reitoria e da direção do Campus informaram farão o máximo de esforços para tentar restabelecer as atividades acadêmicas e administrativas na Sede Centro até este sábado (26).

No domingo (20), estudantes que fariam a prova do vestibular da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) na unidade do Centro da UTFPR foram transferidos a um novo local de prova: a Faculdade Opet, localizada na avenida Presidente Getúlio Vargas, 892. Mesmo com a proximidade entre os dois locais de prova, alguns candidatos desavisados não conseguiram se deslocar a tempo entre uma univerdidade e outra. 

Reivindicações

Os alunos ocupam a UTFPR em protesto a PEC 55, que impõe um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos, e a MP 746, que discute a reforma do ensino médio no país.

Eles também protestam em apoio aos estudantes secundaristas que são contra a Medida Provisória a Medida Provisória 746, que prevê mudanças no ensino médio.