Além das chuvas no Sul, também estão previstas temperaturas mais altas que a média histórica

O fenômeno El Niño continuará a influenciar o clima brasileiro pelos próximos três meses, aumentando o volume e a intensidade das chuvas na região Sul do País. A previsão foi divulgada na última terça-feira (19) pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Além das chuvas no Sul, também estão previstas temperaturas mais altas que a média histórica em grande parte do País e a diminuição das precipitações nas regiões Norte e Nordeste até abril.

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Para o diretor do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres do Paraná (Ceped/PR), capitão Eduardo Gomes Pinheiro, o fenômeno exige uma preparação maior do Estado e dos municípios para minimizar os efeitos das fortes chuvas previstas.

O El Niño começou no segundo semestre do ano passado e é um dos mais intensos desde 1997, afirma Gilvan Peixoto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro do GT de Previsão Climática do ministério.

O fenômeno é causado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que modifica a situação da atmosfera e ocasiona as mudanças no clima. “Neste ano, ele se configurou em um evento realmente muito forte e deve influenciar o clima do Brasil e de todo o globo ao longo do primeiro semestre de 2016”, ressalta o pesquisador.