Após uma reunião entre representantes da Prefeitura e do Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), nesta segunda-feira (17), os professores decidiram voltar às atividades normais.
Segundo o Sismmac, a pressão de mais de sete mil professores nas ruas da capital paranaense garantiu a reformulação do Plano de Carreira do Magistério, que está em construção e será encaminhado à Câmara Municipal até o final do semestre.
Entre as propostas, está uma nova forma de enquadramento na tabela, considerando uma composição de tempo de serviço do servidor e trajetória na carreira. Em relação aos aposentados, a administração aguarda parecer do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPMC) que deve ser concluído no prazo de 15 dias.
Outro fator que mais motivou a paralização foi a falta de professores em muitas escolas da rede. Após a negociação com a Prefeitura, a secretária de Recursos Humanos, Meroujy Cavet, garantiu que até o final de março serão contratados 140 professores docência I. Outros 140 professores docência II deverão entrar em sala de aula no começo de maio, já que no dia 27 de abril sai o resultado do concurso público realizado no dia 16 de março.
Os representantes da Prefeitura reafirmaram que direitos já assegurados aos professores, como o quinquênio e a licença-prêmio, serão mantidos. Também foi acordado entre Prefeitura e representantes dos professores que o dia não trabalhado nesta segunda-feira não será descontado dos salários, mas reposto.
Propostas para a construção do novo plano de carreira estão sendo discutidas com representantes da categoria desde o ano passado. “Reconhecemos a paralisação deste dia como um movimento nacional pró-educação, mas ressaltamos que em Curitiba temos significativos avanços nesta área”, disse o secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi.
Paralisação nacional
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou para os próximos três dias, a contar de hoje (17), uma greve nacional dos professores.
O órgão, que representa mais de 3 milhões de educadores das redes públicas de educação básica, reivindica o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE); destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública.
De acordo com a CNTE, na próxima quarta-feira (19), mais de 5 mil pessoas de todo o país estarão reunidas na capital federal, a partir das 9h, para um ato em defesa da educação, em uma tenda que será montada em frente ao Congresso Nacional.
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