Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de uma sanção imposta pelo governo do presidente dos EUA Donald Trump. Ela foi incluída na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnistky.
O Lex Instituto de Estudos Jurídicos, que pertence à família Moraes, também foi sancionada pelo governo americano.
É um passo adiante na escalada da tensão entre os EUA e o STF na esteira da condenação do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. É a primeira sanção após o resultado do julgamento na Suprema Corte.
A determinação de Trump, incluíndo a mulher de Moraes na Magnistky, acontece um dia depois do presidente Lula desembarcar em Noa York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) — o que causa um mal-estar junto à delegação brasileira. Aumenta a expectativa do pronunciamento de Lula — que abre a reunião na ONU.
Numa entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Bolsonaro já aventava esta possibilidade. “Isso pode ocorrer [a sanção a Viviane]. Como é sabido, os escritórios de advocacia de parentes estão mapeados e podem sim serem sancionados a depender de como as autoridades reajam”, afirmou na época.
Viviane é tida como uma espécie de braço financeiro da família Moraes.
Com a sanção, a esposa de Moraes fica proibida de usar cartões de crédito de bandeiras de empresas americanas — como Visa e Mastercard. Além disso, o governo americano congela qualquer bem ou ativo que Viviane Moraes tenha no país americano.