Um inquérito foi instaurado para apurar a causa da explosão no Água Verde que vitimou quatro pessoas no sábado (29), por volta das 9h40. De acordo com Adriano Chohfi, da Delegacia de Explosivos Armas e Munições, a investigação irá definir se existe crime ou não no caso da explosão do apartamento no Água Verde, localizado na Rua Dom Pedro I, em Curitiba. (Veja galeria de fotos abaixo)
Causa da explosão no Água Verde pode ter sido impermeabilização no sofá
Somente o resultado final de perícia poderá esclarecer com certeza o que causou a tragédia, mas a suspeita é que a explosão no apartamento em Curitiba foi causada por um material usado na impermeabilização de estofados. No momento do acidente, um técnico estava no local realizando o serviço no sofá. Ele está entre as vítimas.
“Pelo o que a gente está visualizando seria o caso de uma explosão em razão de um gás, provavelmente, da impermeabilização. Não está descartada nenhuma hipótese ainda, mas o mais provável seria essa”, explicou Chohfi.
No sábado (29), a Polícia Científica já havia realizado uma perícia no apartamento que explodiu em Curitiba . No entanto, nesta segunda-feira (1), os peritos voltaram ao local, com apoio da Polícia Civil, para colher novas provas. O resultado deverá ser apresentado em até 30 dias.
O que diz a empresa de impermeabilização sobre a explosão no apartamento em Curitiba
Ainda conforme o delegado, a empresa terá que comprovar que possui as autorizações necessárias para trabalhar com os produtos usados para impermeabilização de estofados -inflamáveis – assim como se possui todos os equipamentos de proteção. “E também se houve ou não negligência na aplicação ou imprudência por parte do aplicador. Pela quantidade de produto que foi levado até o apartamento, nós verificamos que a explosão foi muito grande. Então, pode ter havido alguma imprudência na manipulação desses produtos que causou morte e, pode ainda, ocasionar outras mortes porque nós temos ainda três pessoas hospitalizadas”, disse Chohfi.
A equipe da RIC Record TV | Curitiba tenta contato com a empresa para saber a posição dos proprietários sobre o ocorrido.
Vítimas da explosão do apartamento no Água Verde
A explosão no apartamento em Curitiba deixou quatro vítimas, uma delas fatal:
- Mateus Lamb, de 11 anos, estava na casa da irmã e dormia em um quarto no momento da explosão. Com a detonação, ele foi arremessado pela janela do apartamento, que fica no 6º andar, e caiu no térreo do prédio. A criança chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Entre os três sobreviventes, está a irmã de Mateus, Raquel Lamb, de 23 anos, seu marido Gabriel Araújo, de 27 anos, e Caio Santos, técnico que realizava a impermeabilização no sofá. Após o internamento dos três no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, os médicos reavaliaram a extensão das queimaduras em cada um deles:
- Raquel Lamb teve 55% do corpo queimado ao contrário de 80% como havia sido divulgado a princípio. Ela permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedada e em estado grave. Nesta segunda, a jovem passou por uma cirurgia de retirada de tecidos mortos e colocação de novos curativos;
- Caio Santos teve 65% do corpo queimado durante a explosão no Água Verde e não 35% como foi primeiramente informado. Ele também passou por cirurgia de retirada de tecidos mortos e colocação de novos curativos nesta segunda e permanece internado em estado grave na UTI;
- Gabriel teve 30% do corpo queimado durante a explosão, saiu da UTI e seu estado de saúde é considerado estável. Segundo entrevista concedida por ele a outro veículo de comunicação, ele e a esposa estavam na sala acompanhando o trabalho do técnico quando ocorreu a explosão no apartamento.
Edifício temporariamente interditado
O prédio está interditada desde o dia da tragédia. Os 50 moradores que vivem nos 24 apartamentos dos edifício precisaram deixar o local até que a Secretaria Municipal da Defesa Social conclua a análise estrutural e constate se houve ou não prejuízo na estrutura.
Veja galeria de fotos:
O fogo que iniciou após a explosão do apartamento foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, mas o local ficou totalmente destruído.