
Entre a noite de quarta (27) e madrugada desta quinta (28) houve 106 solicitações de abordagem pelo 156
A frente fria que
derrubou as temperaturas nos últimos dois dias em Curitiba já se refletiu no
aumento do número de atendimentos à população em situação de rua. As equipes de
Abordagem Social 24 horas da Fundação de Ação Social (FAS), compostas por
educadores e assistentes sociais, intensificaram as saídas para as rotas
pré-estabelecidas e houve aumento no número de solicitações dos moradores da
cidade pela Central 156, de atendimento da Prefeitura de Curitiba.
Entre a noite de quarta (27) e
madrugada desta quinta (28), o número de chamadas oriundas do 156 solicitando
abordagem para moradores de rua foi de 106. Somente durante a noite de quarta
foram 62 solicitações feitas por cidadãos curitibanos. Em comparação com a
semana anterior, na quinta-feira, 21 de abril (em que os termômetros registraram
temperaturas superiores aos 25°C), foram 33 chamadas acionando a abordagem
social.
Na noite desta quarta, 55
moradores de rua aceitaram o encaminhamento às unidades de acolhimento da FAS.
O número de pessoas que buscaram espontaneamente acolhimento também aumentou.
Na Casa de Passagem Boa Esperança, que atende o público masculino, por exemplo,
dos 216 usuários que pernoitaram no local, 177 buscaram a unidade
espontaneamente. No total, foram 271 acolhimentos de pessoas que estavam nas
ruas de Curitiba nesta noite.
Atualmente são 18 unidades de
acolhimento para o atendimento à população em situação de rua em Curitiba. O
número de vagas saltou de 615 em 2012 para 1.115 em 2016, um aumento de 81%.
Enquanto em 2012 foram 13.556 solicitações para o serviço de abordagem social
via 156, em 2015 este número saltou para 18.065.
Como ajudar
Antes mesmo do lançamento oficial da campanha Doe Calor, a partir da segunda quinzena de maio, é possível fazer doações de roupas e cobertores por meio do Disque Solidariedade, pela Central 156.
Doações de comida ou de roupas diretamente na rua, embora sejam gestos de solidariedade, são desaconselhadas pelas equipes da assistência social, pois acabam dificultando o trabalho de convencimento das pessoas a aceitarem o encaminhamento às unidades de acolhimento e reforçam o vínculo da pessoa com a rua. Quem quiser promover ações beneficentes pode entrar em contato com a equipe da Proteção Social Especial da FAS para que sejam desenvolvidas dentro de unidades de acolhimento.
Situações de risco à vida humana nas vias públicas da cidade podem ser comunicadas à Central 156. É importante o solicitante ter o nome da rua e o ponto de referência para indicar ao atendente. Toda solicitação feita à Central 156 gera um protocolo, em que o solicitante recebe uma resposta, por telefone ou e-mail, sobre o resultado do serviço.