O influenciador digital conhecido como Felca publicou um vídeo no seu canal do Youtube onde denuncia a “adultização” e sexualização de crianças e adolescentes. Além disso, o youtuber também anunciou uma campanha para conseguir ajuda financeira para instituições que combatem a exploração infantil.

print do vídeo do Felca sobre adultização, com o youtuber mostrando que está criando nova conta para fazer a pesquisa
O youtuber Felca possui quase 4 milhões de inscritos em seu canal do Youtube e está usando a plataforma para fazer denúncias (Foto: Reprodução/Felca)

No vídeo, que está viralizando na internet, Felca mostra que pedófilos estão utilizando os comentários de perfis de crianças e adolescentes, muitos desses administrados pelos próprios pais das vítimas, para espalhar conteúdo de exploração sexual de menor.

Como o influenciador mostra em seu vídeo, por mais inocente que as fotos e vídeos possam ser aos olhos dos responsáveis pelos menores de idade, pedófilos entram nesses perfis, fazem comentários sexualizando a vítima e, de forma aberta, anunciam que desejam trocar conteúdo de pornografia infantil nos comentários. Tudo de forma aberta, sem terem nenhum tipo de punição da plataforma.

Pais exploram sexualmente crianças e adolescentes em troca de dinheiro

Para Felca, os pais das crianças e adolescentes que exploram as imagens dos próprios filhos nesse contexto, que em sua maioria são de meninas, estão buscando apenas lucrar com isso, mesmo que o resultado final seja a exploração sexual infantil.

No vídeo do influenciador, é possível ver dezenas de exemplos de crianças e adolescentes dançando e exibindo seus corpos para as câmeras.

Até mesmo um reality show feito com crianças e adolescentes, onde estes aparecem com pouca roupa, dançando de forma que pode ser vista como sexualizada foi mostrada no vídeo do youtuber.

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime

Felca afirma no vídeo que denunciou todos os perfis citados e incentiva o público a fazer o mesmo, não somente na plataforma digital, como com denúncias formais através do Disque 100, canal oficial de denúncias relacionadas a violação dos Direitos Humanos.

Explorar a imagem de crianças e adolescentes em contexto sexual é crime, conforme Código Penal, artigos 228 e 229, e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O agressor ou aliciador desse tipo de conteúdo comete crimes que podem resultar em reclusão de quatro a dez anos.

Além dos abusos sexuais, o Disque 100 também recebe denúncias de negligência, pornografia, tráfico de crianças e adolescentes e violência física e psicológica.

Segundo o ECA, quem consome esse tipo de conteúdo também comete o crime, que conhecido popularmente como pedofilia. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente tem pena de prisão de um a quatro anos, além de multa.

Felca processa usuários que o acusaram de pedofilia

Felca também está processando perfis que o acusaram de ser pedófilo. Segundo o influenciador, para conseguir criar o roteiro do vídeo, ele seguiu os perfis no Instagram que exploram imagens de crianças e adolescentes em contextos de adultização e sexualização. Diante disso, um perfil espalhou pelo X, antigo Twitter, que o youtuber estaria seguindo e curtindo esses vídeos por gostar do conteúdo. Não demorou pra ele ser chamado de pedófilo.

O influenciador então moveu um processo contra cada um dos perfis que espalhou a mentira e afirmou que aceitará um acordo judicial, em que os processados poderão doar R$ 250 para instituições que combatem esse tipo de crime como forma de anular o processo.

Segundo Felca, todos os recursos recebidos nos processos ou via monetização do vídeo que está disponível no seu canal do Youtube, e já conta com quase um milhão de visualizações, será revertido em doação para instituições de apoio à criança e ao adolescente.

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Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.