Fim da greve: prefeitura de Londrina repassa R$ 2 mi às empresas de ônibus
A Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, confirmou na tarde desta quinta-feira (3) que já repassou os R$1.963.937,20 às empresas de transporte coletivo da cidade, o que deve colocar fim à greve entre a tarde desta quinta e manhã de sexta (04). O valor é referente ao pagamento de benefícios dos trabalhadores. As empresas confirmam que já receberam e uma delas disse que devefazer os repasses às contas dos funcionários ainda nesta quinta.
Enquanto os trabalhadores não vêem o dinheiro na conta, os ônibus circulam com 55% da frota na tarde desta quinta-feira (03), o que corresponde a 120 ônibus das duas concessionárias (TCGL e Londrisul). Durante a audiência de reconciliação, realizada na tarde de quarta-feira (2), a Justiça do Trabalho havia determinado o prazo de 15 dias para que a prefeitura repassasse o valor às empresas.
Mas possivelmente pressionados pela assembleia que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol) realizou nas garagens das empresas, na manhã desta quinta – quando os trabalhadores decidiram manter a paralisação – a prefeitura optou por fazer o repasse imediato, para não prejudicar o transporte na cidade por mais tempo.
Embora a maioria dos trabalhadores tenha decidido por manter a paralisação, algumas linhas voltaram a circular pela cidade de manhã cedo. Mesmo sendo minoria e perdendo a votação, os funcionários da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e da Londrisul Transportes Coletivos que votaram contra a greve, decidiram por conta própria colocar os veículos para cumprirem os itinerários. Nas duas garagens, houve saída.
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Em nota, a TCGL informou que “vem fazendo todo o possível desde o primeiro dia da paralisação para atender a população. Neste momento (fim da manhã), 16 motoristas aceitaram voltar ao trabalho“.
Já a Londrisul informou que “a grande maioria dos funcionários da empresa decidiu retornar ao trabalho na manhã desta quinta-feira (3), o que permitiu a normalização dos serviços com operação de 100% das linhas”.
Entenda a paralisação
O dinheiro devido pela prefeitura é um adiantamento do reequilíbrio econômico financeiro que a prefeitura aceitou pagar às empresas, referente às perdas que tiveram em 2021, devido à crise econômica. Esta semana, os funcionários das duas empresas cruzaram os braços na terça-feira (03), porque dizem não ter recebido o PPR e um abono do vale-alimentação, parte de um acordo coletivo. Como a prefeitura deve cerca de R$ 43 milhões (valor dado pelas empresas e que ainda está em estudo pela prefeitura) em subsídios, a Justiça determinou que a prefeitura adiantasse uma parte disto, os quase R$ 2 milhões pagos hoje para que os funcionários possam receber os benefícios devidos.
O dia 28 de fevereiro era a data limite para o pagamento do Programa de Participação de Resultados (PPR). Entretanto, o dinheiro não foi repassado. Também seria pago um valor de R$ 300, referente a um abono de R$ 50 no vale-alimentação, acumulado de seis meses, que não foi depositado.