Quem passa pela região já pode ver boa parte da sinalização implantada
Começa dentro de duas semanas a fiscalização na Área Calma de Curitiba – perímetro na região central em que a velocidade máxima para veículos será de 40 quilômetros por hora. Quem passa pela região já pode ver boa parte da sinalização implantada. E na próxima semana, agentes e outros servidores da Secretaria Municipal de Trânsito estarão nas ruas para orientar motoristas, pedestres e ciclistas sobre a nova zona de tráfego.
As ações educativas serão realizadas nos dias 9, 11 e 12 de novembro, das 9 às 10 horas. Serão distribuídos materiais explicativos em todas as 17 vias de entrada da Área Calma. O perímetro é delimitado pelas ruas Inácio Lustosa, Visconde de Nacar, André de Barros, Mariano Torres, Luiz Leão e Avenida João Gualberto, e engloba 133 cruzamentos semaforizados.
Todas as placas indicativas da velocidade máxima de 40 km/h já foram instaladas. A Setran também já concluiu 40% das pinturas de sinalização no asfalto. A instalação das placas indicativas de entrada na Área Calma deve ser executada até o final desta semana (colunas já foram concretadas). Quanto aos radares que controlarão os limites de velocidade do perímetro, sete ainda estão em fase de implantação.
“A chuva tem atrapalhado um pouco, mas o cronograma para a implantação do projeto está mantido”, disse Mauricio Razera, diretor de Engenharia da Setran. ‘Quanto aos radares, eles só entram em operação a partir do dia 16. Mas, independentemente da fiscalização, é importante que o motorista preste atenção na sinalização de trânsito e obedeça o novo limite de velocidade”, afirma.
Velocidade x acidentes
Nas análises realizadas desde o início do projeto, os principais fatores e condutas de risco que levam a acidentes fatais são ligados à alta velocidade dos veículos, ao desrespeito à sinalização existente e também a problemas na infraestrutura.
A região central de Curitiba concentra um grande volume de pedestres. Por ali circulam diariamente em torno de 700 mil pessoas, na maioria usuários das 200 linhas de ônibus que passam na área, com 21 locais de paradas (entre terminais, pontos e estações), e que se destinam a locais de grande concentração, como praças, hospitais, shoppings e o setor histórico.
Entre 2012 e 2014, foram registrados 1.173 acidentes na região central, que inclui a Área Calma, dos quais 106 resultaram em mortes – e, destes, a maioria foram atropelamentos (46) e colisões (41).