Nesta segunda (10), Luis Felipe Manvailer foi declarado culpado pelo homicídio triplamente qualificado da advogada Tatiane Spitzner. A família da vítima, que acompanhou os 7 dias da audiência, quer que o caso se torne exemplo para que crimes como este não aconteçam nunca mais.

O escritório em que a advogada atuava está mantido exatamente como Tatiane deixou, com a intenção de que se torne um memorial não só da jurista, como também da importância do combate à violência contra as mulheres.

De acordo com Bruna Spitzner, prima da vítima, a condenação do feminicida foi um marco na história feminina.

“As mulheres conseguiram abrir os olhos e, talvez por agora elas sentirem uma relação de proximidade com a nossa família, elas nos procuram muito e falam ‘a Tati salvou minha vida”, 

afirma Bruna Spitzner, prima de Tatiane

Luis Felipe Manvailer foi condenado a cumprir a pena de 31 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão e ainda terá que pagar R$ 100 mil à família de Tatiane por danos morais. Ele já cumpriu 2 anos de prisão preventiva, que são descontados do tempo total. A defesa do biólogo vai recorrer da decisão e pedir que ele seja trazido para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, uma vez que ele tem curso superior completo e direito a cumprir a pena perto da família.

“Viver isso de novo foi triste demais… A gente sabe que a justiça foi feita, graças a deus, Mas não vai trazê-la de volta”

lamenta a prima da vítima, Juliani Spitzner.