Funcionários do transporte público de Londrina iniciam greve nesta terça (1)
Os funcionários do transporte coletivo de Londrina, na região Norte do estado, iniciaram uma greve nesta terça-feira (1). Os trabalhadores alegam descumprimento de acordo com as empresas e falta de pagamento da participação de lucros e de um abono do vale-alimentação.
Na manhã desta terça, os trabalhadores da Transportes Coletivos Grande Londrina (TGCL) e da Londrisul não tiraram os ônibus das garagens. Segundo os funcionários, foi decidido que o Programa de Participação de Resultados (PPR), que estava previsto para ser pago dia 10 de dezembro do ano passado, seria pago até 28 de fevereiro. Entretanto, o dinheiro não foi disponibilizado na conta dos trabalhadores.
Além disso, foi informado que seria pago um valor de R$ 300, referente a um abono de R$ 50 no vale-alimentação, acumulado de seis meses. Este benefício também não entrou na conta dos funcionários.
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Problemas de pagamentos
Nesta segunda-feira (28), responsáveis pelas empresas do transporte coletivo e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) já haviam se reunido para definições sobre os pagamentos.
As empresas alegam que não possuem recurso para efetuar os pagamentos, já o poder público destacou que ainda está calculando valores.
Neste ano, a passagem de ônibus em Londrina foi reduzida de R$ 4,45 para R$ 4, em uma tentativa de recuperar o fluxo de passageiros. O reajuste foi permitido graças a um aporte do poder público.
A CMTU divulgou nota sobre o caso. Leia na íntegra:
Mais uma vez, ressaltamos que os salários e o vale refeição da categoria estão em dia, inclusive com os aumentos concedidos a partir de 1º de janeiro de 2022 (9% no salário, além do acréscimo de R$ 75,00 no ticket). Os valores pretendidos pela categoria, que culminaram nessa paralisação de hoje (1º) são: a Participação nos Lucros referente ao ano de 2021 e R$ 50,00 no Ticket refeição, referentes ao período de julho a dezembro de 2021. Valores, portanto, referentes ao ano passado. Em reunião, nesta segunda-feira (28), a CMTU propôs uma alternativa para atender a reivindicação do sindicato da categoria, algo que não foi aceito pelas empresas de transporte coletivo. O Município se mantém a disposição com ações concretas para o retorno da operação do serviço, ressalta que vem tomando todas as medidas necessárias para a manutenção do sistema e por conseqüência dos empregos de centenas de trabalhadores. Neste sentido, a CMTU está notificando as empresas, tendo em vista a essencialidade do transporte público coletivo, para que a operação do serviço seja retomada, visando não afetar os trabalhadores e a população que dependem deste meio de transporte.