A greve no transporte coletivo de passageiros de Curitiba e Região Metropolitana, que começou na madrugada desta segunda-feira (26), deve continuar nesta terça-feira (27). Porém, de acordo com determinação da Justiça do Trabalho, a manutenção da frota mínima, de pelo menos 70% nos horários de pico, deve ser respeitada. A partir da meia-noite os sindicatos devem garantir o retorno parcial dos ônibus, ou seja, 50% da frota fora dos horários de maior movimento.
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A resolução se deu no final da tarde, depois de reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) entre representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Urbanização de Curitiba S.A. (URBS) e da Coordenação da Região Metropolitana (Comec).
Durante a audiência desta tarde, conduzida pelo desembargador Luiz Eduardo Gunther, o diretor de transportes da Comec, André Fialho, admitiu a dívida de R$ 15,8 milhões com a URBS, e disse que a Secretaria Estadual da Fazenda está estudando a forma de pagamento. Segundo ele, a intenção seria de parcelar a dívida em sete vezes, mas nada foi acordado neste sentido.
O procurador regional do Trabalho, André Lacerda, propôs que o Estado do Paraná, as empresas de transporte e a Urbs apresentam um plano para quitar o adiantamento salarial dos trabalhadores até às 14h30 desta terça-feira (27), quando uma nova audiência deve acontecer no TRT. O atraso no pagamento do vale aos motoristas e cobradores por o principal motivo para a deflagração da greve pelo Sindimoc.
Sobre a paralisação de 100% da frota nesta segunda-feira, o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, alegou que não tinha conhecimento da ordem judicial determinando que nesta segunda-feira (25), 70% dos ônibus deveriam operar nos horários de pico, sob pena de multa diária em caso de descumprimento, elevada nesta segunda-feira para R$300 mil ao dia. A determinação foi expedida no sábado (24) pela Justiça do Trabalho, mas Teixeira disse que foi notificado pouco antes da audiência.