Justiça pediu que representantes dos trabalhadores garantam circulação de 50% dos ônibus durante horários de pico
A greve de ônibus em Curitiba continua nesta quarta-feira (13) de forma parcial, com garantia de frota mínima de 50% de ônibus circulando nos horários de maior movimento e 30% nos horários normais. A decisão foi informada no começo da noite desta terça-feira (12), ao ser encerrada a audiência entre representantes dos motoristas e cobradores, das empresas do transporte público e da Urbs, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR).
No início da manhã, segundo a prefeitura municipal, o transporte coletivo estava operando com cerca de 60% da frota. Porém, nos terminais de transporte da cidade o movimento de passageiros era bem menor do que o verificado na terça-feira, quando a greve começou. Já cientes da continuidade da paralisação, muitos passageiros procuraram outras formas de deslocamento ou mesmo ficaram em casa, devendo ter o dia de trabalho perdido.
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Por volta das 10h30min, a Urbanização Curitiba (Urbs) fez um depósito emergencial de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira (13) para que as empresas de ônibus possam pagar os salários atrasados. Porém, o valor ainda não foi repassado aos trabalhadores. A expectativa é de que isto aconteça até o fim do dia. Representantes da categoria afirmam que os motoristas e cobradores só voltam integralmente ao trabalho quando todos tiverem recebido seus salários.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), todas as empresas de ônibus do consórcio metropolitano, que atendem as cidades vizinhas de Curitiba, pagaram os salários dos trabalhadores e a frota circula normalmente na região metropolitana da capital.
Em Curitiba, as empresas CCD, São José Urbana, Tamandaré Urbana, Cidade Sorriso, Glória, Marechal, Redentor e Araucária Urbana ainda não realizaram o pagamento dos funcionários. Já os trabalhadores das empresas Santo Antônio Urbana, Mercês e Expresso Azul Urbano estão com os salários de janeiro quitados. As linhas atendidas por essas companhias não aderiram à paralisação.