Após anúncio de repasse adicional, Sindicato da categoria descarta greve de ônibus em Curitiba

Poucas horas depois de a Prefeitura de Curitiba anunciar o repasse adicional de R$ 3,8 milhões para as empresas do transporte coletivo da Região Metropolitana, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), Anderson Teixeira, confirmou que a greve de ônibus em Curitiba prevista para iniciar nesta quinta-feira (08) foi descartada pela categoria.

Na tarde desta quarta-feira (07), em mais uma tentativa de evitar a greve de ônibus em Curitiba e Região Metropolitana,o prefeito da capital Gustavo Fruet anunciou, por meio de sua conta no Twitter, um repasse adicional de R$ 3,8 milhões para suprir parte dos repasses atrasados às empresas do setor.

“Acabo de assinar decreto autorizando repasse de R$ 3,8 milhões para q empresas de ônibus paguem em dia o salário de cobradores e motoristas”, publicou o prefeito no microblog. “Seguimos nas tratativas para que o Governo do Estado efetue o pagamento dos passivos do convênio vencido em 31 de dezembro”, completou.

Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana já haviam confirmado no site do sindicato da categoria que a greve teria início à 0h desta quinta-feira (8). O indicativo da paralisação foi decidido em assembleia da categoria, no final do ano, devido a irregularidades no pagamento dos salários.

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O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) defende a posição dos trabalhadores e acusa Urbs, Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) e Stransp (Secretaria de Transporte) de omissão. “Insistem em atrasar ou não pagar os débitos com os seus empregados. O cabo de guerra que acontece nas disputas realizadas pelas três instituições continua a prejudicar os trabalhadores”, diz o sindicato através de nota.

Um protesto da categoria nas praças Rui Barbosa e Tiradentes bloqueou o trânsito de ônibus no anel central de Curitiba na tarde do dia 29 de dezembro, antes da assembleia que decidiu pelo indicativo de greve. Os trabalhadores reclamam a o não pagamento do adiantamento salarial que, segundo o sindicato, deveria ter sido realizado no dia 20 de dezembro. Depois do protesto, os profissionais decidiram em votação unanime abrir Indicativo de Greve.

O presidente do Sindimoc, Ricardo Teixeira, condena a atitude dos patrões em não cumprir ordem judicial emidita no dia 24 de dezembro fixando prazo de 48 horas para a classe patronal cumprir com suas obrigações. De acordo com o Sindimoc, as empresas que não realizaram os pagamentos são: Sorriso, Redentor, Marechal, São José dos Pinhais, CCD, Tamandaré e Glória.

O outro lado

A Urbs considera a paralisação irregular, por não ter recebido uma notificação oficial sobre a greve e espera que a paralisação não se concretize. O presidente do órgão, Roberto Gregório da Silva Júnior, programou uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (7) para falar sobre integração metropolitana e o risco de greve no transporte coletivo.