
As últimas assembleias da categoria devem acontecer até a próxima segunda-feira, quando o sindicato vai definir a data de deflagração da greve
Motoristas e cobradores de mais duas empresas que operam o transporte coletivo em Curitiba e Região Metropolitana aprovaram em assembleias realizadas nesta quinta-feira (19) indicativo de greve da categoria. A greve já foi aclamada por 5,2 mil trabalhadores e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) deve definir quando a paralisação terá início. Cinco empresas ainda precisam realizar assembleias para decidir sobre a greve, o que deve acontecer até a próxima segunda-feira (19).
Depois de aprovado o indicativo de greve em todas as empresas, a diretoria do Sindimoc se reúne para definir um prazo para que a Urbs e a Prefeitura apontem soluções para o impasse e a data de deflagração da paralização.
Categoria está ameaçando greve alegando que a Urbs está cobrando “dividas indevidas” de 2011 e 2012, que já teriam sido solucionadas em acordo trabalhista firmado anteriormente.
A Urbanização Curitiba (Ubrs) alega que as multas serão aplicadas às empresas e não aos trabalhadores. “Várias dessas multas não tem nada a ver com o trabalho dos motoristas”, explicou o presidente da Urbs Roberto Gregorio.
O sindicato que representa as empresas (Setransp) informou em nota que “a maioria das multas se refere à atuação de motoristas e cobradores e o valor gira em torno de R$ 2 milhões”. O texto diz ainda que as empresas entraram na Justiça, por meio do sindicato, para suspender a cobrança das multas, mas que, caso percam no tribunal, vão descontar o valor referente a operação dos trabalhadores.
O Sindimoc afirma que tem procurado dialogo com a Urbs e com a Prefeitura de Curitiba. Um ofício teria sido protocolado na última semana junto à Prefeitura, mas de acordo com o presidente do sindicato, Anderson Teixeira, ainda não houve resposta. “Todas as tentativas de diálogo terminam em evasivas e adiamentos, como se o dinheiro descontado injustamente do salário do trabalhador não fosse um problema digno de atenção”, reclama Teixeira.