
No total, existem 183 pontos de protesto nas rodovias estaduais nesta quarta-feira (30)
Nesta quarta-feira (30), a greve dos caminhoneiros chegou ao décimo dia nas rodovias do Paraná. No total, existem 183 pontos de protesto nas rodovias estaduais.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), não informou nesta manhã quantos pontos de paralisação foram registrados, mas até a tarde desta terça-feira (29) eram 84 pontos. Aproximadamente 250 homens do Quartel do Exército de Apucarana, no norte do Paraná, saíram com blindados nesta manhã para liberar a BR-376 e BR-369.
Acordo
Nesta terça, Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), defendeu o fim da greve dos caminhoneiros mais uma vez. “Recebemos a informação de que existem caminhões com vontade de terminar a greve, mas não estão conseguindo deixar os locais” afirmou após reunião com representantes do Governo do Paraná e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na madrugada e manhã de quarta, uma força-tarefa liberou aproximadamente 250 caminhões para seguir viagem na BR-277, altura do quilômetro 584 no município de Cascavel, no oeste do Paraná. Desde ontem (29) à noite, equipes da PRF e de outras forças de segurança pública têm feito ações de desmobilização nos pontos de manifestação de caminhoneiros, em diversas regiões do Estado.
Combustíveis
De acordo com o Sindicombustíveis, 176 postos receberam combustível até o final da tarde de terça, mas, o órgão reforça que isso não significa que os postos tenham estoque, já que existe uma alta demanda de abastecimento para a população.
Desde segunda-feira (28), caminhões carregados saem da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) escoltados pela polícia para levar combustível para alguns postos. Com a liberação da gasolina e etanol, a manifestação começa a perder força em todo país.
O Sindicombustíveis informou que entrou com liminares para garantir o desbloqueio de todos os postos de distribuição do Paraná. O Ministério Público orientou que até que o sistema seja normalizado, serão liberados R$ 100 de combustível para cada consumidor.
Na noite desta terça houve muita confusão por causa de gasolina em Londrina, no norte do Paraná. Por pouco, não houve quebra-quebra, já que os condutores não foram avisados da nova orientação sobre a quantidade máxima de combustível para cada pessoa. Confira:
Educação
De acordo com o Governo do Paraná, quatro dos 32 núcleos de educação suspenderam as aulas da rede estadual desde a última segunda-feira (28). As aulas não serão realizadas nos núcleos de Pitanga, Londrina, Guarapuava e Ivaiporã. Juntos, os quatro núcleos congregam 47 municípios paranaenses.
Em Curitiba, as aulas estão mantidas em todas as escolas da rede estadual. Na área Metropolitana Norte, os municípios de Cerro Azul, Doutor Ulisses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Campo Magro e Almirante Tamandaré ficam sem aulas. Já na Área Metropolitana Sul, estão suspensas as aulas em Campo Largo, Mandirituba, Piên, Quitandinha e Tijucas do Sul.
Alimento
Com a volta gradativa do combustível e gás de cozinha, o dilema que a população enfrenta agora é no supermercado, já que diversos alimentos estão em falta nas prateleiras, e os que são encontrados, estão com um preço elevado.
Uma pesquisa realizada pelo Disque Economia da Prefeitura de Curitiba, comparou os preços médios dos hortifrutigranjeiros durante a greve e percebeu uma alta de até 110,54% nos preços dos alimentos.
Na manhã desta quarta, os compradores e vendedores de fruta, legumes e verduras das cinco Centrais de Abastecimetno de Alimentos do Paraná (Ceasa) estão tentando voltar às atividades normais. Apesar do fraco movimento, é nítida a vontade dos trabalhadores de voltar suas atividades. Segundo a central, em média, por dia, eram comercializadas qautro mil toneladas de hortigranjeiros nas cinco unidades antes da paralisação dos caminhoneiros.