A Justiça do Trabalho determinou que, a partir da zero hora deste sábado (28), 100% da frota de ônibus, que realizam o transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, devem estar nas ruas com a tripulação completa, ou seja, com motoristas e cobradores em atividade. A paralização dos cobradores teve início nesta quinta-feira (26), com os ônibus circulando sem cobrar tarifa, na operação que ficou conhecida como “catraca livre”.
No início da noite desta sexta-feira, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) chegaram a um acordo coletivo durante a audiência de conciliação, realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A desembargadora Ana Carolina Zaina já havia determinado, na manhã desta sexta-feira, que 100% da frota voltasse a operar e que 50% dos cobradores retornassem ao trabalho. Porém, no último balanço divulgado pela Urbs, somente 760 ônibus estavam nas ruas por volta das 18h30. Com toda a frota operando, normalmente se tem 1.748 veículos em operação nesse horário.
Ficou acordado que as empresas de transporte não irão descontar dos salários dos trabalhadores os dias parados.
Os cobradores entraram em greve reivindicando melhores condições de trabalho, com adaptações em estações-tubo, instalação de banheiros químicos e terminais e fim da cobrança por parte das empresas em caso de assaltos.
Segundo cálculos da Urbs, o prejuízo causado apenas no primeiro dia de catraca livre foi de R$ 2,5 milhões.
Assista à reportagem exibida na noite desta sexta-feira no RIC Notícias: