A greve dos ônibus de Curitiba e Região Metropolitana chegou ao fim nesta quinta-feira (29) depois de quatro dias. Os motoristas e cobradores deflagraram a paralização na última segunda-feira (26) alegando atraso no pagamento dos vales dos trabalhadores.  O Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) desobedeceu determinação judicial de frota mínima e manteve greve geral no transporte nos dois primeiros dias. Desde quarta-feira (28), no entanto, a categoria estava circulando na cidade com frota parcial.

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A condição imposta pelos trabalhadores para que o transporte fosse completamente restabelecido era que fosse feito pagamento integral dos 40% do adiantamento salarial, atrasado por algumas empresas desde o dia 20 de janeiro.

As negociações da greve foram intermediadas Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR). O desembargador Luiz Eduardo Gunther , do TRT, já havia determinado no último sábado (24), depois do anúncio de greve feito pelo Sindimoc, que 70% da frota operasse nos horários de pico e 50% nos demais horários. No entanto, o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira alegou na audiência da tarde de segunda-feira que não havia sido notificado. Mesmo assim, depois de nova determinação, pedindo que 80% dos ônibus fosse para as ruas, a greve geral foi mantida na terça-feira.

Já está marcada para o próximo dia 5 de fevereiro, uma nova audiência no TRT-PR para discutir o reajuste salarial dos trabalhadores que acontece todos os anos. O Sindimoc não descarta uma nova greve caso haja dificuldade para definir o porcentual de aumento ou ainda se o pagamento dos salários, que deve ser feito no próximo dia 06, atrasar.

 

Fim da tarifa única para a Região Metropolitana

A greve acabou mas a integração do transporte entre Curitiba e as cidades da Região metropolitana continua sem uma definição. A tarifa única dos ônibus que atendem os municípios vizinhos pode ficar mais cara. Confira na reportagem do RIC Notícias: