Começa nesta sexta-feira (29) a greve dos servidores técnicos administrativos das instituições federais. No Paraná, a paralisação, que será por tempo indeterminado, foi aprovada em assembleia na última quarta-feira (20) e deve afetar os atendimentos realizados pelo Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“No HC, 30% dos técnicos estarão sempre de serviço, de modo a respeitar o índice reiteradas vezes decidido pelo Judiciário como necessário para que não haja paralisação total dos serviços públicos e manter a greve dentro da legalidade. Não se pode negar que o dia-a-dia do hospital será afetado, inclusive com a possibilidade de aumento da espera por atendimento”, informa o Sinditest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná). Há uma semana, a Polícia Federal (PF) indiciou médicos que recebiam sem trabalhar no H C.

Através da paralisação, os servidores reivindicam reajuste salarial de 27,3% (que visa compensar perdas acumuladas desde janeiro de 2011), fixação da data-base da categoria para o dia 1º de maio, jornada de trabalho de 30 horas e suspensão dos cortes orçamentários feitos pelo governo federal na área da educação.

Outro assunto que deve ser colocado em discussão, segundo o Sinditest, é a revogação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para gerir os hospitais universitários. Na UFPR, a adesão à Ebserh aconteceu no dia 28 de agosto de 2014.