
Trabalhadores podem retomar a paralisação por melhoria de R$ 45 no vale alimentação; usuários realizam protesto em frente ao Ceasa
Os motoristas e cobradores decidiram – em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (22), nas portas das garagens de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana – suspender a greve por 24 horas. Por meio de nota, eles informaram que resolveram dar uma carta de confiança à prefeitura e aos empresários.
Os usuários do transporte público encontraram dificuldades nesta manhã, pois, a frota mínima, de 80% estabelecida para o horário, não estava sendo respeitada. Isso porque, segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), os trabalhadores estavam reunidos em assembleia, atrasando a saída dos coletivos das garagens.
Manifestação na BR-116
Um grupo de passageiros contrários à greve realiza um protesto em frente ao Ceasa, no Tatuquara, na zona sul de Curitiba. De acordo com a Polícia Rodoviára Federal, os manifestantes fizeram o um bloqueio total, na altura do quilômetro 118, da BR-116.
Motoristas e cobradores insatisfeitos
Na votação de hoje cedo, a categoria aprovou, por ampla maioria, a proposta de acordo formulada ontem pela desembargadora Marlene Suguimatsu, em audiência de conciliação, de 6% de reajuste salarial, R$ 400 de abono e R$ 575 de cartão alimentação. Em comparação à oferta das empresas, a única diferença se refere a R$ 45 a mais no cartão alimentação.
O sindicato protocolou no gabinete do prefeito Ragfael Greca e no Palácio Iguaçu, no fim da manhã, uma carta com a reivindicação e o comunicado de suspensão da greve. O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, também se encontrou com presidente da Alep, Ademar Traiano. O deputado teria se comprometido a falar com o governador Beto Richa ainda hoje, às 13h.
Os trabalhadores aguardam, nesta quarta, o retorno do governo e empresários sobre essa questão, na esperança de resolver definitivamente o problema. “Estamos confiando na boa vontade do prefeito municipal e dos empresários. O trabalhador já abriu mão de tudo o que poderia abrir. Lamentavelmente não chegaram a essa proposta ontem no Tribunal, não cedendo em absolutamente nada em relação à proposta anterior, mas confiamos que podem rever a questão e resolver o problema antes do julgamento, que levaria no mínimo mais dez dias”, afirma Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc.
Um vídeo divulgado pela sindicato mostra os ônibus da empresa Redentor saindo da garagem no início da manhã de hoje: