
Em Ponta Grossa, ônibus saíram com atraso da garagem; em Londrina, os acessos aos terminais foram bloqueados; nas demais cidades os usuários de transporte coletivo não encontram dificuldades
Centrais sindicais e movimentos sociais realizam nesta sexta-feira (30) uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista, mas apesar de manifestações em frente a algumas fábricas e garagens de ônibus, a adesão ao movimento é menor do que a ocorrida no dia 28 de abril, na primeira greve geral nacional enfrentada pelo governo Temer, quando várias categorias pararam em diversas cidades do país.
Na capital paranaense, os ônibus circulam normalmente nesta sexta-feira, conforme havia sido comunicado pelo Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc). O Sindicato dos Bancários também aderiu à paralisação e muitas agências, principalmente na região central de Curitiba, só devem abrir após o meio dia.
Em Curitiba, trabalhadores se reuniram em frente às fábricas da Volvo, Bosch e Renault para protestar contra o que chamam de “fim dos direitos trabalhistas”. Por volta das 8h30, trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) bloquearam a Rodovia do Xisto, em Araucária. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a via foi totalmente liberada aproximadamente às 10h30.
Em Gerenal Carneiro, no sul do Estado, a rodovia BR-153 também foi bloqueada por aproximadamente 80 manifestantes, na altura do quilômetro 490. Segundo a PRF, o bloqueio ocasionou cerca de cinco quilômetros de congestionamento em cada sentido, por volta das 10h45.
Em Londrina, no norte do Estado, os usuários do transporte público enfrentaram dificuldades para embarcar e desembarcar, pois os acessos aos terminais de ônibus foram bloqueados por volta das 6h, causando fila nos pontos de embarque. Por volta das 8h, a situação já estava mais tranquila e perto da normalidade.
A prefeitura do Rio de Janeiro entrou em estágio de atenção às 6h20, por causa das manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência. Os protestos são parte de uma greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas propostas pelo governo federal.
As manifestações provocaram vários bloqueios de vias na cidade, segundo o Centro de Operações da prefeitura. O estágio de atenção é um nível intermediário em uma escala de três – o de vigilância denota normalidade no trânsito da cidade e o de alerta mostra que há problemas mais graves. O estágio de atenção significa que há reflexos relevantes na mobilidade.
Às 7h35, haviam interdições na Avenida Brasil, na pista central, no sentido centro, na altura da Penha; na Avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim e na Rua Leopoldo Bulhões, na altura dos Correios. Por causa da manifestação nas proximidades do Galeão, o BRT (corredor exclusivo de ônibus) Transcarioca opera com intervalos irregulares.
Em São Paulo, os rodoviários não vão aderir à paralisação. O metrô deve funcionar parcialmente. Uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que 80% dos metroviários trabalhem em horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h). Nos demais períodos, o efetivo deverá ser de 60%. Em caso de descumprimento, será aplicada multa no valor de R$ 100 mil. A direção do Metrô havia pedido a manutenção do efetivo de 100% para os horários de pico, 70% para os demais períodos e multa de R$ 500 mil.
O tribunal aplicou as mesmas regras para os rodoviários em Santo André, Mauá e região. O pedido ao tribunal foi feito pela Transportadora Turística Suzano LTDA contra o Sindicato de Trabalhadores nas Empresas de Transporte Rodoanexo ABCDMRP e Região da Serra
Segundo a CUT, haverá a adesão de bancários, professores, petroleiros e profissionais da saúde no estado.
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