No Paraná, a primeira atividade da greve foi uma assembleia na manhã do dia 29. Mais de 400 servidores da UFPR, da UTFPR e da Unila estiveram presentes

A greve de professores e funcionários técnico-administrativos já afeta 48 das 63 universidades federais do País. Eles protestam contra o corte orçamentário das instituições e pedem reajuste salarial de 27%. Na quinta-feira (28), a paralisação afetava 38 instituições.

Do total de universidades afetadas, em 15 a greve é de professores e funcionários. Em três, apenas os docentes suspenderam as atividades. Nas outras 30 instituições a paralisação é apenas dos funcionários. A greve dos docentes foi aprovada em 18 universidades e a de funcionários, em 4.

Nesta sexta-feira (29), os sindicatos dessas instituições participaram dos protestos que ocorreram em todo o País contra o ajuste fiscal, que também levou a mudanças nos direitos trabalhistas. Outro foco de queixas é a nova lei que amplia a terceirização. As manifestações ocorreram de forma pacífica.

No Paraná, a primeira atividade da greve foi uma assembleia na manhã do dia 29. Mais de 400 servidores da UFPR, da UTFPR e da Unila estiveram presentes. No entanto, alguns pontos polêmicos, como o fechamento dos Restaurantes Universitários (RUs), ainda não foram definidos, o que deve acontecer na próxima terça-feira (2) junho, em nova assembleia, no pátio da reitoria da UFPR.

Na Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, já no primeiro dia de greve os servidores fecharam o acesso à reitoria da universidade. No Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, funcionários de pelo menos oito departamentos aderiram de imediato à paralisação: UTI Adulta, Centro Cirúrgico, Transplante de Medula Óssea, Clínica Médica, Centro de Terapia Semi-Intensivo, o setor de observação do Pronto Atendimento, raio-x e laboratórios. Na UTI Adulta, pelo menos 70% dos servidores serão mantidos trabalhando, para evitar questionamentos legais. Em setores mais específicos, como a UTI Cardíaca e a UTI Neonatal, cerca de 50% e 33% dos leitos serão fechados, respectivamente.

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o restaurante universitário, que iria fornecer refeições apenas para alunos bolsistas, operou com as “catracas abertas” para todos durante o almoço desta sexta-feira. Alegando questões de segurança, a universidade fechou o restaurante durante a noite, para evitar que novamente fossem servidas refeições gratuitas.

Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a greve dos funcionários terá início na segunda-feira (1º) e deve afetar também os atendimentos no Hospital São Paulo. O sindicato disse que vai manter ao menos 30% do efetivo em atividade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.