Uma greve de servidores da aviação civil na manhã desta quinta-feira (22) tem provocado atrasos e cancelamentos de voos nos principais aeroportos do País. A média de voos domésticos atrasados nos terminais administrados pela Infraero passou de 4,4%, às 6 horas, para 9,1%, às 7 horas. Entre os voos cancelados, o número subiu de 1,8% para 5,1% durante o horário previsto da paralisação. Apenas um dos 16 embarques internacionais previstos registrava atraso até às 7h da manhã. Além de melhores condições de trabalho, a categoria reivindica reajuste salarial de 8,5%.
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No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, 36 voos já foram cancelados nesta quinta-feira e outros 58 registravam algum atraso por volta das 8h da manhã, de acordo com informações do site do terminal na Infraero. No aeroporto de Londrina, na região Norte do Estado, a média de atraso dos voos nesta manhã é de uma hora, segundo a Infraero.
De 20 voos previstos para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, oito saíram com atraso ou foram cancelados. Ja no aeroporto Santos Dumons, na zona sul do Rio, oito das14 operações programadas sofreram alterações. Os reflexos da paralisação dos aeroviários também chegam ao terminal de Viracopos, em Campinas (SP), e no Aeroporto de Fortaleza.
A concessionária que administra o aeroporto internacional de Guarulhos afirmou que não há informações sobre as consequências da paralisação até o momento, mas disse que sindicalistas tentaram impedir o acesso de funcionários ao local de trabalho logo no início da manhã.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), os grevistas farão assembleias às 15 horas desta quinta-feira nos aeroportos onde houve paralisação para deliberar os rumos do movimento. Até o momento, não há um balanço sobre a adesão de trabalhadores da categoria à greve.
Justiça determina manutenção de 80% dos servidores trabalhando
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou na quarta-feira (21), que os grevistas assegurassem a manutenção mínima de 80% dos profissionais em serviço. O descumprimento da decisão pode acarretar em pena com multa diária de R$ 100 mil. Outra liminar determinou também aos aeroviários (pessoal de terra) a manutenção de 80% dos serviços.
Segundo o TST, na negociação salarial, os empregados das empresas aéreas pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, além de melhorias nas condições de trabalho e que seja estabelecido um piso salarial para os agentes que fazem o check-in.