Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba ameaçam nova greve na segunda-feira (26) caso as empresas do setor não realizem os pagamentos atrasados ainda nesta sexta (23).
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De acordo com o Sindimoc (Sindicato dos motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana), 80% das empresas não pagaram em dia o vale salarial.
Caso aconteça, esta deve ser a segunda greve do ano, por conta dos mesmos motivos.
A Urbs já solicitou que, independentemente das manifestações, uma frota mínima de 70% permaneça em circulação. Mas a ameaça da categoria é de greve geral.
De acordo com o Sindimoc, o transporte coletivo da capital paranaense tem sido alvo de tensão devido ao não pagamento do subsídio que o governo do Estado destina ao transporte coletivo da região metropolitana. O atraso de R$ 16,7 milhões fez com que os salários de dezembro e janeiro de quatro mil trabalhadores fossem atrasados, gerando paralisações em janeiro desse ano.
Ainda segundo o Sindimoc, as empresas Campo Largo, Marechal, Araucária, Tamandaré e Glória não têm previsão para o pagamento do montante devido, que é de R$ 725,00 para motoristas e R$ 410 para cobradores.
Outro lado
Segundo comunicado do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a dívida nos repasses da Urbanização de Curitiba (Urbs) e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) para as empresas estava calculada ontem em R$ 15,2 milhões e que multas empresas não conseguiram pagar o adiantamento em razão deste débito.
De acordo com o Setransp, na segunda-feira (19), as empresas já haviam emitido nota informando que o pagamento do vale dependia da solução do impasse entre os poderes públicos estaduais e municipais.