Em Curitiba, funcionários de seis hospitais particulares e filantrópicos estão em greve desde a manhã desta quarta-feira (04) pela manhã. A paralização foi anunciada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) na terça-feira (03), depois que a categoria rejeitou as propostas que o sindicato patronal apresentou durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Estão em greve enfermeiros, técnicos, auxiliares e funcionários da limpeza dos hospitais Cajuru, Erasto Gaertner, Pequeno Príncipe, Santa Casa de Curitiba, São Vicente e Zilda Arns.
Entre as reivindicações previstas na pauta da categoria estão a renovação das cláusulas da CCT anterior, reajustes nos pisos, INPC mais aumento real de 15% sobre os salários, auxílio alimentação de R$ 400,00, auxílio odontológico sem desconto e adicional de insalubridade com base de cálculo sobre a remuneração do trabalhador.
A lista foi encaminhada ao sindicato patronal e pede também maior número de contratações nos As reivindicações são válidas para: trabalhadores em clínicas, hospitais, consultórios, e ambulatórios. De acordo com o Sindesc “A categoria está mobilizada e disposta a enfrentar até onde for preciso por melhores condições de salário e trabalho”, destaca o texto publicado no site da entidade.
O sindicato da categoria afirma ainda que os funcionários enfrentam problemas com sobrecarga de trabalho, diminuição de trabalhadores devido aos baixos salários e assédio moral. “Um profissional acaba ficando responsável por um número maior de pacientes do que o recomendado e desta forma precarizando o atendimento”, diz o texto.
Depois que a greve foi anunciada, a desembargadora Ana Carolina Zaina, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que continuem trabalhando 100% dos profissionais dos setores críticos, como Pronto-Socorro/Pronto Atendimento; leitos de retaguarda das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); Centro Cirúrgico; Unidade de Terapia Intensiva (UTI); Unidades de Internação; bancos de sangue; hemodiálise; maternidades e assistência a pacientes internados com risco de agravamento de seu estado de saúde.
Nos setores de suporte às áreas críticas, como Radiologia,Tomografia, Ecografia, Laboratórios de Análises Clínicas, Farmácias, Higienização e Segurança, a desembargadora exige que pelo menos 70% do quadro de funcionários continuem atendendo. Já nas áreas consideradas não críticas (administrativo; secretarias; recepção e faturamento), no mínimo de 30% dos profissionais deve manter os trabalhos. Em caso de descumprimento, o sindicato da categoria profissional deve arcar com multa diária equivalente a R$ 20 mil.
Os hospitais Cajuru e Marcelino Champagnat conseguiram liminar na justiça proibindo a a greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Porém, no Hospital Cajuru, os funcionários não respeitaram a ordem.