Categoria protesta por uma mudança na escala de trabalho promovida pela prefeitura
Os guardas municipais de Curitiba anunciaram que entrarão em greve a partir de segunda-feira (19). A decisão foi tomada durante assembleia da categoria realizada na noite desta quinta-feira (16). Segundo o Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal de Curitiba (Sigmuc), a paralisação acontece em razão da negativa da Prefeitura de Curitiba em revogar o um decreto que impôs mudanças na metodologia do cálculo das escalas de trabalho dos servidores, o que causou uma diminuição na remuneração global dos guardas municipais.
Entre outras reivindicações da categoria estão a concessão do auxílio refeição para todos os integrantes da carreira, a redução de investimentos na Guarda Municipal e a falta de uma data efetiva para pagamento do avanço por titulação.
Outro lado
Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou que entrará na justiça para pedir a declaração da ilegalidade da greve anunciada para segunda-feira (19) pelo Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal.
A Prefeitura entende que a greve é injustificada, uma vez que a administração municipal vem mantendo diálogo respeitoso e permanente com representantes da categoria, num processo que resultou nas últimas semanas em diversos avanços, registrados em atas. A declaração de greve representa o rompimento unilateral das negociações em curso, por parte do sindicato.
A Prefeitura entende ainda que a população não pode ser prejudicada pela paralisação de um serviço que é essencial.
Benefícios
A Prefeitura afirma que a Guarda Municipal de Curitiba foi contemplada este ano com um novo plano de cargos e salários, que garante uma valorização sem precedentes para a categoria, com ganhos salariais de até 60% e perspectivas de crescimento na carreira. Também foi realizado concurso público para contratação de 400 guardas municipais, com a participação de 26 mil candidatos.
Além disso, a administração municipal atendeu nas últimas semanas várias demandas da categoria, discutidas em reuniões de negociação com o sindicato, agora interrompidas unilateralmente pela direção da entidade.