Brasil - O cantor de forró Gutto Xibatada, de 39 anos, morreu no dia 22 de abril, em Belém (PA), semanas após ser diagnosticado com o vírus Monkeypox (Mpox). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), o diagnóstico foi feito em março.

Na época, o artista ficou internado em isolamento, recebeu alta e seguiu o tratamento em uma unidade de referência. No entanto, em abril, voltou a ser internado após agravamento do quadro de saúde, relacionado a comorbidades pré-existentes e infecções oportunistas. Gutto morreu cerca de oito horas depois de dar entrada no hospital. A causa da morte ainda está sendo investigada.
A Sesma informou também que monitorou todos os contatos próximos do cantor, sem registro de novos casos.
Monkeypox: vírus afetou pulmões de Gutto Xibatada
Em nota nas redes sociais, a irmã de Gutto criticou a exposição indevida de informações durante o luto e explicou que ele havia pedido discrição sobre seu estado de saúde. Ela relatou que o vírus afetou gravemente os pulmões do cantor e que a piora ocorreu entre os dias 21 e 22 de abril.
“Estamos passando por um momento muito difícil e delicado. Em meio a tanta dor estamos tendo que enfrentar postagens querendo se beneficiar de likes, visualizações, coisas que não têm nada a ver. Não estão tendo respeito com o nosso luto, nossa perda”, escreveu a irmã do cantor.
Uma missa em homenagem ao artista será realizada neste domingo, 27, na Basílica de Nazaré, dia em que ele completaria 40 anos. Outra cerimônia acontecerá no dia seguinte.
Posicionamento da Secretaria de Saúde de Belém:
“A Secretaria Municipal de Saúde de Belém informa que um paciente com diagnóstico confirmado de Mpox (monkeypox) foi atendido, no mês de março, no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, onde recebeu assistência médica especializada e foi mantido em isolamento. Após melhora clínica, o paciente recebeu alta hospitalar com orientações e encaminhamento para o seguimento do tratamento em unidade de referência.
Posteriormente, em 22 de abril, o paciente foi readmitido no Pronto-Socorro Municipal com agravamento do estado de saúde, relacionado à evolução de comorbidades pré-existentes e infecções oportunistas. A médica infectologista, responsável pelo atendimento determinou o imediato encaminhamento do paciente para um leito de isolamento no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HPSM da 14 de Março. Novamente foram adotadas todas as medidas clínicas e de isolamento recomendadas, porém, apesar da assistência prestada, o paciente morreu 8 horas após dar entrada no HPSM da 14 de março. As causas da morte seguem sob investigação da Vigilância Epidemiológica de Belém.
A Sesma informa, ainda, que acompanhou todas as pessoas indicadas pelo paciente como tendo tido contato com ele. Esses contatos foram monitorados durante o período estabelecido pelos protocolos de saúde e, ao final do prazo, foram liberados, uma vez que não apresentaram sintomas.
A Sesma reforça que todas as condutas adotadas seguiram os protocolos técnicos do Ministério da Saúde, com o compromisso de garantir o cuidado integral, a ética e a dignidade no atendimento.”
Com informações do Estadão Conteúdo
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