A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um recurso distante e hoje faz parte da rotina médica em hospitais pelo Brasil. Algoritmos capazes de analisar milhões de dados ajudam a prever doenças, identificar pacientes em risco e até reduzir custos de internação. A tecnologia criada pela Munai vem transformando o atendimento em saúde; veja.

Diferente de um sistema comum, a IA funciona a partir de um processo contínuo de aprendizado. Os algoritmos são treinados com milhões de pontos de informação. Isso significa que, quanto mais casos de determinada doença a IA analisa, mais precisa ela se torna para identificar padrões e sugerir condutas.
Além da função, a tecnologia consegue cruzar dados de um único paciente com históricos de milhares de outros semelhantes, permitindo uma visão ampla e rápida da evolução clínica.
Prevenção e diagnóstico antecipado com aplicação da IA na medicina
Segundo Cristian Rocha, diretor da Munai, empresa que desenvolveu uma plataforma de IA para hospitais, as aplicações vão desde a prevenção até o acompanhamento de casos críticos. Ele cita exemplos como a identificação de pacientes com maior predisposição a câncer, reinternação ou agravamento clínico.
Com essas informações, médicos podem ajustar protocolos, aumentar a frequência de exames e agir antes que o problema se torne grave.
“Com isso, o paciente pode, por exemplo, aumentar a frequência de exames para identificar o problema de forma antecipada. É uma forma de usar a tecnologia para prevenir e não apenas tratar”, afirma o diretor.
“A inteligência artificial está salvando vidas”, afirma especialista
Além do ganho em precisão, a IA traz impacto econômico. Hospitais que utilizam a plataforma já conseguiram reduzir em até dois dias o tempo médio de internação, o que diminui custos e libera leitos.
A acessibilidade também é um ponto destacado: ferramentas digitais permitem que hospitais menores e em regiões afastadas tenham acesso a tecnologias de ponta, antes restritas a grandes centros, segundo Cristian.

Redução de 50% nas paradas cardiorrespiratórias após implementação
Um dos hospitais que adotou a Munai registrou uma redução de 50% nas paradas cardiorrespiratórias após implementar a plataforma. Isso porque o sistema monitora os dados do paciente em tempo real e alerta a equipe médica quando há sinais de risco. Assim, o médico pode agir rapidamente, seja ajustando medicamentos, transferindo o paciente para a UTI ou antecipando intervenções.
“Literalmente, a inteligência artificial está salvando vidas”, afirma Cristian Rocha.
O futuro da saúde com a IA na medicina
Para o CEO, o uso da inteligência artificial será inevitável. Além das instituições de saúde, ele acredita que seguradoras, operadoras e secretarias públicas também vão adotar ferramentas digitais para prevenção, diagnóstico precoce e gestão de riscos.
“Não vejo um cenário daqui a cinco anos em que hospitais brasileiros não utilizem inteligência artificial”, afirmou o diretor.
Com o apoio da tecnologia, hospitais já alcançaram taxas superiores a 90% de cumprimento das diretrizes médicas, garantindo maior qualidade e segurança no tratamento.
*Com supervisão de Guilherme Becker
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