O fogo começou na quinta-feira (02) e chegou a atingir seis tanques de combustível

O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou inquérito para apurar as responsabilidades sobre o incêndio nos tanques de combustível da Ultracargo/Tequimar, na cidade de Santos, no litoral sul paulista. As chamas entraram nesta terça-feira (07) no sexto dia e ainda consomem dois reservatórios de etanol e gasolina.

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, informou que também será instaurado um inquérito policial para investigar as causas do incêndio. Juntos, os reservatórios atingidos pelo fogo tinham capacidade para até 6 mil m³ de combustível.

O Corpo de Bombeiros mantém o resfriamento da área com água do mar e uma espuma específica, enquanto aguarda o combustível ser consumido pelo fogo. Caminhões com 4,5 toneladas de pó químico já estão no local, na área industrial que fica do bairro da Alemoa. Além disso, um produto cedido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), chamado Cold Fire – usado para combater incêndio em aeroportos e aviões -, também será usado.

Impactos

A fumaça densa e negra da queima de fogos já chega a várias cidades do litoral de São Paulo e a fuligem preta toma conta da cidade. A população começa a apresentar problemas respiratórios por conta da qualidade do ar.

No canal do estuário de Santos milhares de peixes começaram a aparecer mortos. A prefeitura da cidade realizou estudos na  água do canal do e constatou a baixa concentração de oxigênio, o que pode estar causando a morte dos animais.

Uma das maiores preocupações diz respeito a possibilidade de vazamento de combustível para o solo. O que poderá ser apurado com mais rigor após a extinção completa das chamas.

A incêndio no pátio da Ultracargo também está causando prejuízos financeiros a economia do País. O Porto de Santos é uma das principais portas de saída de produtos de exportação do Brasil. O acesso ao porto está interditado para caminhões. Apenas cargas de produtos perecíveis ou medicamentos estão sendo autorizadas a passar pelo bloqueio. Alguns caminhoneiros estão voltando ao local de origem carregados, já que não há previsão de abertura dos acessos até o fim de semana.