
Clemans Abujamra, de 51 anos, foi morta em abril de 2013. Suspeitos são acusados de homicídio qualificado por motivo cruel e fraude processual
Está marcado para esta quarta-feira (27) o júri popular dos suspeitos de matar a empresária Clemans Abujamra, de 51 anos, em abril de 2013, em Curitiba. Christiane Abujamra e Arnold Vianna, irmã e sobrinho da vítima, estão presos e são acusados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de homicídio qualificado por motivo cruel e fraude processual.
O julgamento dos suspeitos estava previsto para começar às 8h. No entanto, os suspeitos chegaram ao Tribunal do Júri, no Centro Cívico de Curitiba, apenas por volta das 9h15. O advogado de defesa Osman Arruda não quis se pronunciar sobre o caso. Serão ouvidas sete testemunhas de acusação, entre elas o marido da vítima, e quatro de defesa. O tempo médio de cada depoimento é de 20 minutos.
Clemans foi morta a facadas e o corpo foi jogado em um terreno baldio na Rua Abrão Lerner, entre a Rua General Mario Tourinho e a Lourenço Gbur, no Bigorrilho. Na última vez em que foi vista, a vítima havia deixado o prédio em que estava hospedada e seguido a pé para a casa da irmã, no Água Verde. A empresária morava com o marido na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mas veio ao Brasil para visitar a família. Ela tinha vários imóveis na cidade e frequentava cursos para adoção de crianças.
Na época, dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no homicídio da empresária. A polícia chegou a tratar o caso como latrocínio – roubo seguido de morte -, pois o celular e os pertences da vítima não foram encontrados. No entanto, a hipótese foi desconsiderada após a perícia encontrar ligações nos celulares da irmã e do sobrinho que comprovam que eles estiveram próximo ao local onde o corpo de Clemans foi encontrado, no Bigorrilho. Além disso, taxistas que teriam levado e buscado os suspeitos próximo ao terreno baldio durante a madrugada foram ouvidos pela polícia e comprovam a versão apresentada pela acusação.