
Lucas saiu de Campo Grande (MS), onde discutiu com uma ex em um show do Jorge & Mateus, e viajou subitamente mais de 600 km para matar a saudade da avó
Para baladeiros no Facebook, ele já é um mito. Uma menina o pediu em casamento, outras o chamam de “lindo”. Os pais chegaram a procurá-lo no IML e estão até agora indignados. Um taxista de Campo Grande está rindo à toa. A avó o recebeu chorando. O mito em si ainda está meio perplexo, atendendo aos jornalistas e olhando atônito para mais de 2 mil pedidos virtuais de amizade.
O que aconteceu, afinal?
Lucas Alexandre Corrêa Cruz, de 21 anos, foi a um show da dupla Jorge & Mateus na sexta-feira à noite (31) em Campo Grande (MS) e acordou no meio da tarde de sábado em Londrina (PR), a mais de 600 quilômetros e de 7 horas de casa, depois de pagar R$ 1,5 mil a um taxista pela viagem.
Além do preço, o que é singular na história é que Lucas decidiu fazer a viagem em cima da hora, principalmente porque estava bêbado.
Ele foi até a rodoviária, mas o próximo ônibus, conta ao RIC Mais, só sairia às 20h40 do sábado – quando ele “não ia mais estar doido”. Conversou, então, com um taxista, que disse que “não tinha batido a cabeça” para aceitar uma corrida tão prolongada. Outro taxista, porém, farejou o bom negócio: mesmo com o desgaste do carro e gastos pessoais inclusos, a viagem de ida e volta entre as duas cidades custa entre um terço e metade do que foi cobrado.
O taxista passou em casa e convidou a sua mulher para viajar junto. Lucas apagou no banco de trás, com “coberta e travesseiro”.
México
No show da dupla sertaneja, ele teve uma “discussãozinha besta” com a última namorada, com quem terminou há cerca de dois meses. Atarantado e emotivo por causa de “meia garrafa de vodca e algumas cervejas”, Lucas decidiu que mataria a saudades da avó em Londrina. “Toda” a sua família, na verdade, com a exceção dos seus pais, com quem ele mora em Campo Grande, vive na cidade paranaense.
Por um tempo, porém, o episódio todo foi bem menos a típica porra-louquice engraçada de filme que parece. Lucas mandou para sua mãe uma mensagem dizendo que iria desaparecer. Não ficou claro se isso era brincadeira, ainda mais por se tratar de 1o de abril, mas a bateria do seu telefone acabou e ele, dormindo profundamente no táxi, não pensou mais nisso.
“Dormi quieto e acordei com mil mensagens”, conta. Ele chegou por volta das 15h em Londrina. A avó o recebeu chorando, entre aliviada e inconformada. A família já tinha começado buscas atrás dele, incluindo a ida ao IML. O mural de Lucas no Facebook, indiferente a esse aspecto mais sério, não para de ganhar mensagens de apoio e admiração.
Lucas jura que pagou a corrida do táxi em dinheiro. Admite que a perda financeira foi dolorida, que com a grana “era para estar lá no México se pegasse uma promoção”, mas também se diz contente por ter ajudado alguém. O taxista, afirma, tinha muitas contas a pagar e “estava precisando”.
A volta para casa está prevista para o próximo final de semana. O pai de Lucas deve vir a Londrina e os dois devem voltar juntos para Campo Grande.
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