O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a operação Lava Jato em Curitiba, determinou nesta sexta-feira (21) que a prisão preventiva do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, seja prorrogada. O lobista foi preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), e está detido na Superintendência da PF, em Curitiba, o prazo de cinco dias da prisão temporária venceria neste sábado (22).

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Na decisão, Moro disse que há provas de que Soares recebeu “valores milionários em contas no exterior”, que ainda estão em segredo para a Justiça. Segundo o juiz, colocá-lo em liberdade pode atrapalhar as investigações.

“Fernando Soares também recebeu valores milionários em contas no exterior, ainda mantidas em segredo em relação a este Juízo e às demais autoridades públicas, com o quê o risco à aplicação da lei penal é claro e imediato, podendo o investigado furtar-se à Justiça, e ainda com o produto de sua atividade. Não sendo este o caso, poderá o investigado juntar os extratos de suas contas no exterior, cuja existência, ademais, já reconheceu parcialmente”, disse Moro.

Em depoimento prestado hoje à Polícia Federal, Soares negou ter relações com o PMDB, segundo seu advogado. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o investigado arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos com a Petrobras.