Greve começou no dia 7 de julho e afeta o atendimento nas 74 agências do Paraná. Trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 27%, entre outros.
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (23), em Curitiba, continuar com a greve que já dura mais de dois meses. A assembleia desta quarta-feira terminou por volta das 14h30 e reuniu cerca de 200 trabalhadores.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindiprevs), Jaqueline Gusmão, o rumo da greve será decidido nesta quinta-feira (24) em uma plenária nacional que acontecerá às 9h em Brasília.
A greve dos servidores do INSS começou no dia 7 de julho, afetando o atendimento nas 74 agências do Paraná. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 27%, realização de concurso público, fim do assédio moral e melhorias nas condições de trabalho, com contratação de novos servidores para repor o quadro funcional.
Já a categoria dos peritos médicos, que aderiu à paralisação no dia 4 de setembro, reivindica a redução da carga horária de 40 horas para 30 horas, a incorporação de benefícios ao salário, a redução de níveis de progressão, a recomposição do quadro de peritos e o aumento salarial de 27%, dividido em dois anos.
A perícia médica é exigida para que o cidadão receba benefícios como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez, a aposentadoria especial e o reconhecimento de acidentes de trabalho. No primeiro dia de paralisação da categoria estavam agendadas 24.574 perícias, sendo que 14.140 foram feitas e 6.839 precisaram ser reagendadas.
No início da greve, a maior parte das agências funcionava parcialmente, para não atrapalhar a realização das perícias. Com a suspensão do serviço, o INSS acredita que deve demorar pelo menos seis meses, após o fim da greve, para colocar as perícias em dia.