O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de uma nova investigação. Dessa vez, a Polícia Civil (PC) está apurando se o ex-presidente cometeu crime contra a honra do presidente Lula (PR). Segundo denúncia encaminhada pelo Ministério da Justiça e aceita pelo Ministério Público (MP), Bolsonaro veiculou, através do WhatsApp, uma imagem ligando Lula ao regime de Bashar Al Assad, ex-ditador da Síria, e associando o mandatário a execuções de pessoas LGBTQIA+.

Presidente Jair Bolsonaro sério, durante audiência no STF, que apura tentativa de golpe de estado
O ex-presidente já é réu no processo que investiga tentativa de golpe de estado (Foto: Antonio Augusto/STF)

Inicialmente, o MP pediu abertura de inquérito à Polícia Federal (PF), que entendeu que o trâmite correto seria via Polícia Civil, pois o caso teria competência estadual. Diante disso, o MP concordou, o que levou o processo a PC do Distrito Federal.

Os fatos investigados aconteceram após o fim do mandato de Jair Bolsonaro como presidente da República e, por não ter mais foro privilegiado, deve tramitar em primeira instância.

Prisão domiciliar de Bolsonaro

Paralelo a nova acusação, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o último dia 4, por descumprimento de ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Neste momento, Bolsonaro está proibido de utilizar telefones celulares e se comunicar através das redes sociais, suas ou de terceiros.

O ex-presidente responde pela suspeita de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil, que resultou nos atos de depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Oposição acusa STF de atentar contra a democracia

A oposição ao governo Lula tem acusado o STF de estar agindo contra a democracia brasileira, ao determinar a prisão dos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. Segundo a ala bolsonarista, o ministro Alexandre de Moraes estaria, inclusive, atentando contra os direitos humanos ao manter idosos presos.

Na interpretação dos aliados de Bolsonaro, os envolvidos nos atos estariam sofrendo punições severas por serem adeptos da direita brasileira e por terem, por exemplo, “escrito ‘perdeu mané’ com batom na estátua da Justiça”, do STF.

Porém, segundo decisão colegiada do STF, os presos tentaram subverter a ordem democrática do país, com pedidos de intervenção militar e ameaça aos ministros da Suprema Corte. Ainda segundo o STF, militares e políticos brasileiros teriam aventado forçar uma intervenção militar, além de criar um plano de assassinato de autoridades, dentre outros crimes.

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Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.