O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de uma nova investigação. Dessa vez, a Polícia Civil (PC) está apurando se o ex-presidente cometeu crime contra a honra do presidente Lula (PR). Segundo denúncia encaminhada pelo Ministério da Justiça e aceita pelo Ministério Público (MP), Bolsonaro veiculou, através do WhatsApp, uma imagem ligando Lula ao regime de Bashar Al Assad, ex-ditador da Síria, e associando o mandatário a execuções de pessoas LGBTQIA+.

Inicialmente, o MP pediu abertura de inquérito à Polícia Federal (PF), que entendeu que o trâmite correto seria via Polícia Civil, pois o caso teria competência estadual. Diante disso, o MP concordou, o que levou o processo a PC do Distrito Federal.
Os fatos investigados aconteceram após o fim do mandato de Jair Bolsonaro como presidente da República e, por não ter mais foro privilegiado, deve tramitar em primeira instância.
Prisão domiciliar de Bolsonaro
Paralelo a nova acusação, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o último dia 4, por descumprimento de ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste momento, Bolsonaro está proibido de utilizar telefones celulares e se comunicar através das redes sociais, suas ou de terceiros.
O ex-presidente responde pela suspeita de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil, que resultou nos atos de depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Oposição acusa STF de atentar contra a democracia
A oposição ao governo Lula tem acusado o STF de estar agindo contra a democracia brasileira, ao determinar a prisão dos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. Segundo a ala bolsonarista, o ministro Alexandre de Moraes estaria, inclusive, atentando contra os direitos humanos ao manter idosos presos.
Na interpretação dos aliados de Bolsonaro, os envolvidos nos atos estariam sofrendo punições severas por serem adeptos da direita brasileira e por terem, por exemplo, “escrito ‘perdeu mané’ com batom na estátua da Justiça”, do STF.
Porém, segundo decisão colegiada do STF, os presos tentaram subverter a ordem democrática do país, com pedidos de intervenção militar e ameaça aos ministros da Suprema Corte. Ainda segundo o STF, militares e políticos brasileiros teriam aventado forçar uma intervenção militar, além de criar um plano de assassinato de autoridades, dentre outros crimes.
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