Última greve da categoria fechou várias estradas e causou prejuízos para várias cidades do Paraná
Os caminhoneiros de todo o País estão prestes a iniciar uma nova greve e o Governo Federal reforça as conversas para tentar evitar. A paralisação está marcada para a próxima segunda-feira (09). A avaliação no Palácio do Planalto é que a greve, se concretizada, pode provocar confusão novamente e mais protestos contra a presidente Dilma Rousseff, justamente quando a ameaça de impeachment contra ela começa a perder força na Câmara de Deputados.
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Confira um panorama sobre o movimento dos caminhoneiros no Paraná
O Planalto vê a greve como mais uma agenda negativa no momento em que o governo tenta sair da crise política e dar um sinal de recuperação econômica, com votação do ajuste fiscal até o mês que vem.
A presidente Dilma encarregou os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça) de monitorar o movimento dos caminhoneiros e tentar impedir a nova paralisação. A possibilidade de grupos favoráveis ao impeachment se infiltrarem na paralisação dos caminhoneiros preocupa o Governo.
Pessoas próximas da presidente acreditam que o movimento é de cunho “político” e pode provocar grave desabastecimento no País, agravando a crise econômica.
A greve foi convocada pelo Comando Nacional do Transporte, que se declara independente de sindicatos. No comunicado distribuído no fim do mês passado, a categoria informou que a manifestação conta com o apoio de grupos que pedem a saída de Dilma da Presidência, como o Movimento Brasil Livre, o Revoltados On Line e o Vem Pra Rua.
Os caminhoneiros tentam organizar a nova paralisação por meio das redes sociais. Os trabalhadores pedem redução no preço do diesel, anulação de multas referentes à greve anterior, ocorrida em fevereiro, e crédito com juros subsidiados.
Última greve dos caminhoneiros causou prejuízos no Paraná
A greve dos caminhoneiros, deflagrada no último mês de fevereiro, durou semanas e prejudicou diversos setores da economia no Paraná.Várias cidades tiveram problemas no abastecimento de alimentos, remédios e combustíveis. Em algumas localidades, o preço do litro da gasolina passou dos R$ 5.
Os setores industrial, agrícola e agropecuário também foram bastante prejudicados.Fábricas como a ABS, que é dona das marcas Perdigão e Batavo, fecharam as portas e dispensaram os trabalhadores. Produtores de leite da região oeste tiveram que jogar milhares de litros de leite fora, por falta de espaço para armazenar o produto.