Cascavel - O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou um casal por irregularidades graves em um procedimento estético realizado em uma clínica de Cascavel, no Oeste do estado. A denúncia foi oferecida pela 9ª Promotoria de Justiça e aceita pelo Judiciário nesta quinta-feira (6). Os réus – uma médica e um farmacêutico – são acusados de lesão corporal, estelionato e exercício ilegal da medicina.

A investigação revelou que, em junho de 2023, uma paciente contratou a aplicação de um bioestimulador de colágeno chamado Sculptra (ácido poli-L-láctico), mas recebeu um produto diferente, o PMMA (polimetilmetacrilato). O uso do PMMA para preenchimentos faciais não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido aos riscos de complicações irreversíveis, como necrose tecidual, inflamações crônicas e deformidades permanentes.
O que aconteceu no procedimento estético
A paciente procurou a clínica buscando um tratamento facial rejuvenescedor. O Sculptra, substância contratada, é amplamente utilizado para estimular a produção de colágeno e promover um aspecto natural à pele. No entanto, a substância aplicada foi o PMMA, um preenchedor permanente que pode causar graves efeitos adversos.
Segundo o MPPR, o procedimento foi realizado pelo farmacêutico denunciado, com o conhecimento e a anuência da médica, sócia-administradora da clínica. Ao perceber reações anormais em seu rosto, a vítima procurou atendimento especializado e recebeu o diagnóstico de complicações severas decorrentes do uso inadequado do produto.
O que diz a defesa do casal?
Em nota, o advogado Helio Ideria, que representa o casal, disse que a defesa vai demonstrar que os fatos não aconteceram como foram narrados durante a denúncia.
A denúncia foi formalizada na 1ª Vara Criminal da Comarca de Cascavel, onde a ação penal tramita.
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