Allana Brittes, ré do caso Daniel, falou sobre o momento em que viu o pai, Edison Brittes, segurar o jogador pelo pescoço, antes da morte. A informação foi dita durante depoimento da jovem no júri popular que está no segundo dia nesta terça-feira (19).
A filha de Cristiana e Edison, revelou que estava no quarto e que ouviu um “desce, desce, desce tem um cara no quarto da sua mãe”.
“A hora que eu encontrei minha mãe ela tava no pé da escada chorando. Eu perguntei o que houve e ela disse que não sabia e estava dormindo. Ela só pedia ajuda”, descreveu Allana.

Segundo o depoimento, Allana foi até o quarto onde acontecia a confusão e encontrou o pai segurando Daniel pelo pescoço. “Eu perguntei ‘pai, o que tá acontecendo?’ e ele respondeu ‘filha, ele tava em cima da tua mãe’. Ele tava com um olho assim… transtornado”.
Durante o momento das agressões, Allana disse apenas que todos os homens estavam batendo e que ninguém tentou impedir. “Ela (Cristiana Brittes) pedia para que parassem. Jamais incentivou. Ela clamava pela vida dele”.
Caso Daniel: “Tem um cara indo junto”
Após a festa de aniversário de Allana, que aconteceu no bairro Batel em Curitiba, algumas pessoas foram até a casa da família em São José dos Pinhais, já ao amanhecer.
Em depoimento, Allana disse que não queria receber visitas porque estava cansada, mas o pai repreendeu ela sobre o “porquê não recepcionar”.
“Depois que eu coloquei ela (Cristiana) para dormir, a gente fechou a porta do quarto e aí a minha pretensão era dormir. E eu recebi uma mensagem da Evelin (também ré do caso) dizendo ‘amiga, a gente tá indo pra sua casa e tem um cara que está indo junto’. Eu respondi ‘como assim?’, disse Allana.

Segundo Allana Brittes, a amiga Evellin, que já havia beijado o Daniel na festa, estava incomodada com a presença do jogador na casa. “Ela me disse que não queria mais ficar com ele e que achou ele muito escroto”, disse a filha de Edison.
Allana disse que a amiga foi dormir com ela para não ficar com Daniel. Foi neste momento, em que a confusão começou no quarto de Cristiana Brittes.
Allana Brittes: prisão junto com Cristiana e choro durante o júri
O depoimento de Allana Brittes foi interrompido algumas vezes para que ela conseguisse se recompor. De acordo com a equipe do portal RIC.com, que está presente no julgamento, a jovem chorou bastante ao longo da oitiva.
Allana relembrou o momento em que ficou presa junto com a mãe, Cristiana Brittes. As duas ficaram na Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em novembro de 2018.

“Ela tava abatida e eu tentei dar força pra ela. No primeiro mês a gente ficou em uma triagem. Ela não queria comer nada. Ela não queria falar. Ela só chorava muito muito muito. Ela emagreceu bastante. O pior dia pra mim foi o dia que ela se agachou e eu consegui ver todos os ossos”, falou Allana.
Limpeza da casa após as agressões
Allana também foi questionada sobre a possível limpeza da casa após as agressões contra Daniel. Em depoimento, disse que limpou a casa porque “precisava continuar morando ali”.
“Nunca foi a intenção tirar vestígio, mas só continuar morando na casa”, disse Alana.