A Polícia Científica do Paraná concluiu que a mãe de Eloah foi dopada no dia em que a menina foi raptada, em janeiro deste ano, no bairro Parolin, em Curitiba. O laudo, em que a Banda B teve acesso, identificou a presença de Quetiapina, medicamento de uso controlado que causa sonolência intensa. O efeito havia sido relatado pela mãe logo após o crime. O caso Eloah repercutiu nacionalmente.

A defesa da família da vítima sustentava, desde o início das investigações, que a mãe havia sido sedada pela sequestradora. Já a acusada, Leandra Ferreira Souza, negou a versão e afirmou que a criança teria sido entregue de forma consentida. A alegação, no entanto, já havia sido descartada durante o andamento do processo.
O advogado da família, Leonardo Mestre Negri, afirmou que o laudo confirma a linha de defesa.
“A verdade está sendo restabelecida com firmeza. Hoje comprovamos que a mãe da pequena Eloah foi efetivamente dopada pela mesma pessoa que subtraiu sua filha. A substância identificada é a Quetiapina, o que corresponde exatamente aos sintomas narrados pela mãe logo após o rapto. Diante desta confirmação inequívoca, esperamos que o acordo oferecido pelo Ministério Público seja imediatamente revisto, em respeito à gravidade dos fatos e à busca por justiça”, disse o advogado.
Relembre o caso Eloah Pietra
No dia 23 de janeiro, Leandra se passou por agente de saúde e afirmou à mãe da criança que havia recebido uma denúncia contra ela. A ré alegou que precisava levar as duas para a realização de exames. Em seguida, ofereceu um líquido para a mãe beber e pediu que ambas entrassem no carro. Quando a mãe desceu para ajustar a cadeirinha, Leandra acelerou o veículo e fugiu com a bebê.
Eloah foi resgatada no dia seguinte na casa de Leandra, em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A criança teve o cabelo cortado, pintado e alisado. A acusada foi presa em flagrante. O reencontro da bebê com a família ocorreu na delegacia do Grupo Tigre, em Curitiba.
Em depoimento, Leandra afirmou que queria uma criança para criar como filha e que estava em tratamento psicológico. A mulher apresentou uma carta falsa à polícia, indicando que a mãe teria entregue a bebê espontaneamente por não ter condições de criá-la. Um laudo da polícia científica do Paraná concluiu que o bilhete não foi escrito pelos pais.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!