Londrina - Marlon Ferreira Lemes e Débora Aparecida Custódio Ferreira são réus pela acusação de jogar soda cáustica na jovem Isabelly Ferreira, em maio de 2024, em Jacarezinho, no norte do Paraná. Entre os crimes que eles respondem esta tentativa de feminicídio. Relembre o caso.

O juiz Renato Garcia entendeu que houve a tentativa de feminicídio com o agravante de motivo torpe, já que Marlon queria se vingar pelo término do relacionamento com a vítima; recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que Isabelly foi atacada de surpresa por Débora; além do uso do meio cruel, por causa da utilização de soda cáustica, um produto químico considerado corrosivo e tóxico.
Ainda não há previsão de data para o julgamento. Lemes está preso em Londrina e Débora em Santo Antônio da Platina.
Acusação comemora decisão do TJPR
Em nota, o advogado Ilton Inácio. que atua como assistente de acusação no processo, disse que a sentença “representa um passo importante no reconhecimento da gravidade da violência contra a mulher no contexto das relações afetivas”.

Além disso, Inácio disse que a condenação do casal representa um ato de justiça e respeito a Isabelly e a família dela. Veja na íntegra.
“O advogado Ilton Inácio, atuando como assistente de acusação no processo que apurou a tentativa de feminicídio contra Isabelly Aparecida Ferreira Moro, afirmou que a sentença representa um passo importante no reconhecimento da gravidade da violência contra a mulher no contexto das relações afetivas.
Segundo o advogado, a jovem foi vítima de um ataque cruel e premeditado, que poderia ter resultado em sua morte. O julgamento reafirma a necessidade de vigilância e rigor no enfrentamento da violência de gênero, especialmente quando há histórico de agressões e controle psicológico por parte do agressor´.
A condenação dos dois acusados foi recebida pela assistência como um ato de justiça e respeito à dor vivida por Isabelly e sua família”, disse a nota.
O que diz a defesa dos acusados?
Jean Campos, advogado de Débora Custódio, disse que a decisão da Justiça foi contra as provas que foram produzidas. Além disso, Campos afirmou que vai recorrer da decisão do magistrado.
“Nós entendemos que é uma decisão contrária às provas que já foram produzidas nos autos e certamente nós iremos recorrer dessa decisão. O que nós temos aqui é uma acusação totalmente fora da realidade, uma acusação que não se encontra dentro das provas ali que foram trazidas ao longo do processo. Nós temos que, há sim, uma necessidade de responsabilização da Débora perante as suas ações. No entanto, nós temos que trazer de fato a justiça. A Débora não quer se furtar da responsabilidade, ela entende sim da gravidade das suas ações. No entanto, uma imputação de uma tentativa de homicídio onde ao longo do processo provou-se que não houve qualquer intento, qualquer dó, qualquer vontade de ambas as partes em praticar a tentativa de homicídio ou homicídio em si demonstram que essa acusação é uma acusação que visa apenas a autopromoção”, disse o advogado.

Relembre o ataque com soda cáustica:
O crime contra Isabelly Ferreira ocorreu no dia 22 de maio de 2024, quando a suspeita arremessou um líquido, posteriormente identificado como soda cáustica, no rosto da jovem. A vítima voltava para casa após ir à academia, na Vila Ageo, em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná.
Devido à gravidade dos ferimentos, ela precisou ser transferida para a UTI do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Universitário de Londrina. Ela recebeu alta hospitalar após passar 12 dias na UTI.
O Grupo Ric tenta contato com a defesa de Marlon.
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