Ponta Grossa - O desaparecimento da jovem Isis Victória Miserski completa um ano nesta sexta-feira (6). A garota de 17 anos saiu de casa, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, para se encontrar com um homem que conforme as investigações do caso é Marcos Wagner de Souza, que está preso em Ponta Grossa e vai a júri popular.

Para a Polícia Civil, apesar de nunca ter sido encontrada, os investigadores concluíram que Ísis foi assassinada. Marcos alega que é inocente.
Para Rodrigo Miserski, tio da adolescente, o vigilante não agiu sozinho e premeditou tudo com a sobrinha.“Ele premeditou tudo isso. Porém, alguém o ajudou a ocultar”, disse o tio.
Relembre o caso Ísis
A jovem está desaparecida desde o dia 6 de junho de 2024, quando saiu de casa em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, a princípio, para encontrar um homem. Desde então, as forças policiais estão à procura da adolescente. A polícia acredita que ela foi se encontrar com o vigilante Marcos Wagner de Souza, que está preso.
Marcos teve um relacionamento extraconjugal com Ísis. Ele disse antes de ser preso que a conheceu em uma das festas onde trabalhava. Além disso, confirmou que se encontrou com a jovem para falar sobre gravidez.
“Ela mandou eu parar o carro que ela iria descer. E assim eu fiz, parei. Entre a vila e a cooperativa Frísia. Depois que ela desceu, fechei o carro e fui sentido a cooperativa. Como meu carro começou a cortar combustível, achei que era porque eu tinha acabado de abastecer, que fosse água no combustível. Até optei por ir até o trevo. Ai eu parei em frente ao portão lá na entrada que vai para Telêmaco Borba abri o capô e vi que a mangueira estava com problema. Depois que o arrumei, voltei para Tibagi pelo mesmo local”, disse na época.
Conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR), com a conclusão do inquérito policial, Marcos foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, por dissimulação, feminicídio, aborto sem consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
Vigilante tenta incriminar Ísis e revela ameaças da jovem: “Ela queria o aborto”
O vigilante Marcos Wagner de Souza, principal suspeito do desaparecimento da jovem Ísis Victória Miserski, disse em depoimento na última quinta-feira (14) que a adolescente não queria estar grávida, contrariando a versão da Polícia Civil no inquérito de que era ele que não queria ter a criança.

O suspeito participou do interrogatório de uma sala da Cadeia Pública de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, onde está preso e respondendo o processo. O vigilante respondeu apenas perguntas feitas pelos próprios advogados de defesa.
Durante o interrogatório, Marcos afirmou que conheceu Ísis durante uma festa e que se encontrou com ela apenas uma vez, quando estava separado da esposa.
Próximos passos do Caso Ísis
A Justiça do Paraná começou a ouvir testemunhas em outubro de 2024 e solicitou a retomada das buscas pela adolescente desaparecida. A polícia recebeu denúncias, mas não encontrou Ísis Victória.
Em dezembro, a justiça decidiu que Marcos vai a júri popular. Porém, os advogados recorreram da decisão, mas o recurso não foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Para Cláudio Dalledone Júnior, advogado da família da adolescente, a decisão reforça a responsabilidade do vigilante e que há indícios suficientes da autoria e materialidade do crime.
“Está chegando a hora de Marcos Rone enfrentar a Justiça e, sobretudo, dizer onde está o corpo de Ísis. Essa é a única possibilidade de ele ter uma pena menor”, afirma Claudio Dalledone Júnior.
O que diz a defesa de Marcos?
Para o RIC.com.br a o advogado Renato Tauille, que representa Marcos Wagner, a defesa vê a decisão como algo natural, mas afirma que o cliente é inocente.
“A defesa vê como natural a decisão do TJ em negar o recurso, pois a competência natural para julgar casos como esse, por uma previsão da lei, é do Tribunal do Júri. A defesa reafirma que Marcos é inocente e irá até o final lutar para comprovar a inocência dele”, conclui Tauille.

Família pede a condenação do vigilante
O tio de Ísis disse que a família recebe a decisão sem nenhum mistério. Além disso, espera que o acusado seja condenado e aponte onde está o corpo da sobrinha.
“Sem nenhum mistério, mesmo Marcos Rone querendo se livrar disso, eu sei que ele não vai sair dessa situação a não ser condenado. Ele vai pagar por tudo que já cometeu, com a Isis encerra tantos crimes cometidos por ele”, afirmou Rodrigo.
O julgamento de Marcos Rone ainda não tem data marcada, mas os advogados da família da jovem acreditam que deva acontecer ainda em 2025.
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