O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi eleito vice-presidente da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (07) pelo plenário da Casa. O cargo estava vago desde o dia 16 de abril, quando o ex-petista André Vargas (PR) renunciou para se defender das denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal. O PT havia indicado o nome de Chináglia na noite dessa terça-feira (05), após reunião da bancada. Até então, o deputado de São Paulo era líder do governo na Câmara.
Partido com a maior bancada, o PT deveria ficar com a presidência da Câmara, mas um acordo com o PMDB, fez com que o partido ficasse com a vice-presidência nos dois últimos anos da Legislatura 2013-2014.
Para ser eleito, Chinaglia precisava de 257 votos, a maioria absoluta dos deputados. O petista foi eleito com 343 votos a 51 brancos. Mesmo partidos da oposição, como o DEM, saudaram a eleição do petista.
“Quero manifestar em nome do Democratas o nosso apoio para que o deputado Chinaglia possa exercer com dignidade a sua nova missão, totalmente distinta da que ele cumpria até então”, disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
Chinaglia disse que irá cumprir as funções “da melhor maneira possível”, e que quando ocupava a função de líder do governo sempre respeitou os parlamentares. “Tive enfrentamentos, sempre respeitosos. As exceções, claro, só confirmam a regra”, disse.
Após as denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou continuidade do processo disciplinar contra o deputado André Vargas, que também se desfiliou do PT. O processo pode levar à cassação do mandato.