A Constituição Federal de 1988 é um marco histórico na construção do Estado democrático de Direito no Brasil. Conhecida como Constituição Cidadã, ela representa uma ruptura com o regime militar e consolidou a democracia, a liberdade e os direitos humanos no país. Dentre os aspectos mais relevantes dessa Constituição, estão os direitos fundamentais, que são garantidos a todos os cidadãos brasileiros e se tornaram a base para o funcionamento do sistema jurídico do Brasil.

A princípio, os direitos fundamentais são um conjunto de prerrogativas que asseguram a dignidade humana e o exercício da liberdade de forma plena. Na Constituição de 1988, esses direitos estão dispostos principalmente no Título II, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais. Eles são considerados essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e solidária, e estão relacionados à liberdade, à igualdade e à fraternidade.
Esses direitos incluem desde direitos civis e políticos, como a liberdade de expressão e o direito ao voto, até direitos sociais, como a educação, a saúde e o trabalho. Além disso, a Constituição também inclui direitos individuais e coletivos, como a proteção à propriedade e ao meio ambiente, além de garantir os direitos das minorias, como os povos indígenas e as pessoas com deficiência.
Principais categorias de direitos fundamentais da Constituição de 88:
- Direitos individuais e coletivos: Como o direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade.
- Direitos sociais: Garantias como saúde, educação, trabalho e moradia.
- Direitos políticos: O direito de votar, ser eleito e participar da vida política.
- Direitos de nacionalidade: A proteção do direito à cidadania brasileira e seus efeitos.
- Direitos à igualdade: Proteção contra discriminação por raça, gênero, orientação sexual, etc.
Como a Justiça garante a proteção dosdireitos fundamentais da Constituição?
A proteção dos direitos fundamentais na Constituição de 1988 não é apenas uma promessa teórica, mas um compromisso com a efetivação desses direitos. O sistema judiciário brasileiro, composto por tribunais e juízes, tem a responsabilidade de assegurar que os direitos sejam cumpridos, por meio de processos judiciais e mecanismos legais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) é a principal corte do Brasil e, como tal, possui uma função central na interpretação e aplicação dos direitos fundamentais. Quando há questionamentos sobre a constitucionalidade de uma lei ou ato do governo, o STF tem o poder de analisar se tais atos são compatíveis com os direitos garantidos pela Constituição.
Além disso, o STF também é responsável por julgar casos que envolvem a interpretação de direitos fundamentais, como os relacionados à liberdade religiosa, à igualdade racial e à proteção dos direitos das minorias.
Além do STF, outros tribunais, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e os tribunais estaduais e federais, têm um papel fundamental na aplicação dos direitos fundamentais. Eles atuam no julgamento de casos específicos que envolvem direitos civis, direitos sociais e outros aspectos da Constituição.
A Justiça comum, composta pelos tribunais e juízes das esferas estadual e federal, também desempenha um papel crucial. Quando um cidadão tem seus direitos violados, ele pode recorrer ao Judiciário para buscar reparação. Através das ações constitucionais, como o mandado de segurança, habeas corpus e ação popular, os cidadãos têm acesso à Justiça para proteger seus direitos.
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