Começou nesta terça-feira em Curitiba, o júri do ex-policial penal Jorge Guaranho, réu pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A viúva da vítima foi ouvida nas primeiras horas do julgamento.

Viúva da vítima, filhos e familiares acompanham a sessão no Tribunal do Júri
Viúva da vítima, filhos e familiares acompanham a sessão no Tribunal do Júri (Foto: reprodução / RICtv)

Estão presentes no Tribunal do Júri de Curitiba os quatro filhos da vítima, a viúva e também a ex-esposa do Guarda Municipal assassinado durante a própria festa de aniversário. 

“A motivação dele ter matado o Marcelo foi política. Ele se achou no direito de invadir o local e fazer o que fez. Estamos aqui depois da mudança de cidade e unidos na fé de que a condenação venha”, disse Pamela Silva, viúva de Arruda. 

De acordo com Daniel Godoy Junior, assistente de acusação, a expectativa é que o julgamento seja finalizado nesta quarta-feira (12). Além disso, o advogado reforçou a tese de que o crime teve motivações políticas. 

“A expectativa é que seja finalizado amanhã. São 10 testemunhas e dois peritos. Esperamos que se faça justiça. Vamos buscar que seja uma condenação efetiva e que o réu seja responsabilizado pelo crime. A defesa tem direito de defender os direitos do cliente, mas contra fatos não há argumentos”, disse Daniel Godoy Junior. 

Defesa de Jorge Guaranho nega motivação política

Segundo o advogado Eloi Dore, que representa o ex-policial penal, a defesa está com argumentos suficientes para provar a versão de como os fatos ocorreram. Ele também negou que a motivação do crime seja política. 

“A defesa está preparada para todos os argumentos que a acusação vai trazer. Tudo que pesa contra o senhor Jorge Guaranho está completamente destoado do crime político, que jamais aconteceu e não se sustenta em momento nenhum nesse processo”, disse o advogado.

Relembre o caso 

Em 9 de julho de 2022, durante as comemorações do seu 50º aniversário, o guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiros em sua própria festa, que tinha como tema um dos candidatos às eleições presidenciais daquele ano. O acusado, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, teria invadido o evento sem ser convidado, resultando em uma discussão que terminou em tragédia.

Marcelo, além de trabalhar na segurança pública, era tesoureiro municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi candidato ao cargo de vice-prefeito de Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. O júri de Jorge Guaranho deve durar aproximadamente dois dias.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.