O ex-secretário Municipal de Habitação e Urbanismo de Curitiba e outras duas pessoas são réus na Operação Al-Barã II do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga a prática de corrupção na Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo. O ex-agente público, um empresário do ramo imobiliário e um funcionário da empresa são investigados pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.

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De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), entre 2013 e 2016 o empresário combinou o pagamento de benefícios ilegais ao ex-secretário para viabilizar empreendimentos da construtora, facilitando os trâmites de procedimentos administrativos necessários para concessão de alvarás. Segundo as investigações, o ex-agente público teria afastado exigências legais, de modo irregular, autorizando obras que não estavam de acordo com os regulamentos urbanísticos.

Ainda de acordo com MPPR, o secretário recebia em troca um apartamento “personalizado” para moradia, por aproximadamente um ano e meio, entre março de 2013 e agosto de 2014. O benefício é estimado em R$ 81 mil para a época, além de consultoria e auxílio para aquisição de outro imóvel.

Conforme a denúncia, a empresa adquiriu do ex-secretário um imóvel por R$ 300 mil, transação que permitiu a aquisição do apartamento em condições favoráveis. Para o Ministério Público o imóvel sequer passou para o nome da construtora, sendo transferido apenas um ano depois por um valor menor de R$ 280 mil. O Gaeco diz que identificou depósitos bancários suspeitos da conta do ex-agente público.

Segundo o MPPR, o processo agora tramita na 13ª Vara Criminal de Curitiba.