O Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão
A Itália autorizou que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, seja extraditado. A decisão, tomada pelo governo de Mateu Renzi, marca o fim de quase dois anos de disputas legais e acordos políticos em relação ao brasileiro. Pizzolato está em uma cadeia de Módena e sua transferência para o Brasil pode ocorrer já nos próximos dias. O Governo Federal tem 20 dias para organizar a viagem de volta ao País.
A informação foi repassada por representantes da Interpol na Itália. O governo em Roma, porém, ainda faz silêncio em torno do assunto, já que a decisão primeiro precisa ser informada oficialmente a Pizzolato e ao governo brasileiro.
Em fevereiro, a instância máxima do Judiciário italiano havia revertido uma decisão do tribunal de Bolonha, dando sinal verde para que Pizzolato fosse extraditado. No entanto, ainda faltava o posicionamento do Ministério da Justiça, que poderia negar a extradição.
Em referência à situação das prisões no Brasil e das garantias dadas pelo governo, a decisão da Corte afirmou que “existem condições para a extradição”. O advogado contratado pelo Brasil para defender o caso, Miqueli Gentiloni, afirmo que ”sempre confiou na Justiça italiana”.
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão. Há um ano e oito meses, o ex-diretor fugiu do País usando documentos falsos. Ele chegou a declarar que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.
Pizzolato acabou sendo preso na cidade de Maranello. Em setembro de 2014, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não teriam condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, Pizzolato declarou que havia fugido para “salvar sua vida”.
Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País.