O ministro do TSE, Benedito Gonçalves, afirmou que as Forças Armadas tiveram “papel central” na estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para “confrontar” a Corte Eleitoral.
Em seu voto no processo que pode tornar Bolsonaro inelegível, o relator do caso destacou trechos da reunião com embaixadores em que o então presidente citou os militares, demonstrando ideias antidemocráticas. “Mencionou as Forças Armadas 18 vezes. A palavra democracia apareceu apenas quatro vezes e, em nenhuma delas, foi reconhecida como valor associado ao processo eleitoral”, destacou Gonçalves.
“Um significativo componente retórico é o uso da primeira pessoa do plural para se referir às Forças Armadas. O primeiro investigado (Bolsonaro) enxergava-se como um militar em exercício à frente das tropas”, disse também o ministro.