O Instituto de Florestas do Paraná marcou, para esta segunda-feira (26), um leilão de 12,8 mil hectares de florestas plantadas e remanescentes da Mata Atlântica, localizadas em Ponta Grossa, Cerro Azul, Castro e Doutor Ulysses. Contudo, não houve interessados e a venda não foi realizada. Os cofres públicos deveriam receber, no mínimo, R$105,4 milhões por estes imóveis rurais, que correspondem a 41% da área do instituto.
O Governo do Estado pretende ainda privatizar todos os 45 mil hectares pertencentes ao Instituto de Florestas do Paraná por conta dos gastos excessivos. Nos últimos três meses, foram R$8 milhões. Para voltar a dar lucro, as florestas exigiriam mais um investimento de R$18 milhões.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) entrou na Justiça contra a realização da venda, alegando que os preços estariam abaixo do valor de mercado e que a decisão seria desfavorável ao patrimônio público. Entretanto, seu pedido foi negado pela juíza Fabiane Schapinsky, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, por falta de provas quanto ao valor cobrado e aos danos ambientais.