
Bloqueio de rodovias federais e estaduais segue pelo sexto dia consecutivo neste sábado (26); governo pede trégua da paralisação de categoria
*Do R7
O governo federal informou neste sábado (26) que irá aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada em transportadoras que tenham caminhões bloqueando rodovias federais e estaduais.
Além disso, a Polícia Federal trabalha com pedidos de prisão para empresários que promovem locaute durante a paralisação dos caminhoneiros.
Em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, informou que a maior preocupação do governo é sobre os caminhões que estejam transportando insumos na área da saúde.
O ministro disse que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), “ficou chocado e preocupado com a possibilidade da perda de vidas humanas”. Por isso, lembrou a decisão judicial em que está autorizado o uso das Forças Armadas para garantir o desbloqueio de rodovias.
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Marun pediu trégua à paralisação dos caminhoneiros que segue pelo sexto dia consecutivo, uma vez que o acordo feito entre governo e a categoria é “vantajoso”. O ministro disse também que a crise será resolvida no momento em que os caminhoneiros voltarem a transportar as mercadorias necessárias. “Cumprem a sua missão e o dever de abastecer a população brasileira”, disse.
Em relação a eventuais alternativas para a continuidade dos serviços que dependem do transporte, Marun informou que pode utilizar motoristas que prestam serviços em outros órgãos e que também há a possibilidade de contratar motorista. “Mas esse não é o objetivo, nem a solução. O objetivo é que os trabalhadores voltem a trabalhar e produzir.”
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Prisão
O ministro lembrou também que a PF (Polícia Federal) abriu ontem (25) investigação contra a greve dos caminhoneiros. Entre os possíveis crimes que a categoria poderia estar cometendo, a PF apura locaute e a “associação para prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transportes e outros serviços públicos”.
Locaute é caracterizado quando empresários de um setor contribuem, incentivam ou orientam a paralisação de seus empregados. Ou seja, é uma greve liderada pelos patrões, com o intuito de obter benefícios para o setor, o que é proibido por lei.
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Marun informou em coletiva que já existe “a possibilidade de pedido de prisão” para aqueles que estão por trás de um locaute na paralisação da categoria. Questionado sobre mais informações, o ministro disse que não poderia dar mais detalhes.