Curitiba - O julgamento do réu Jorge Guaranho entra no terceiro dia nesta quinta-feira (13), no Tribunal do Júri em Curitiba. A partir das 9h, será realizado o debate entre os advogados de acusação e defesa. Após esta etapa, os sete jurados devem realizar o Conselho de Sentença, onde decidem pela absolvição ou pela condenação do réu.

A expectativa é que o júri do ex-policial penal seja concluído nesta quinta. Durante os dois primeiros dias de julgamento foram ouvidas nove testemunhas. Entre os depoimentos, a viúva de Marcelo Arruda, Pâmela Suellen Silva, comentou sobre o dia do crime e também sobre como é criar o filho, que na época tinha 40 dias, sem o pai.
Também foram ouvidos amigos de Marcelo Arruda, peritos, colegas de trabalho do réu e, por fim, o ex-policial penal Jorge Guaranho. Com a conclusão dos depoimentos, o julgamento entra na fase de debates entre as equipes de acusação e defesa. Na sequência, os jurados irão definir pelo futuro do réu.
Julgamento de Jorge Guaranho
O júri de Jorge Guaranho começou por volta das 9h, desta terça-feira (11). O ex-policial penal é acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda. O crime aconteceu em julho de 2022, enquanto Arruda celebrava o aniversário de 50 anos em um clube de Foz do Iguaçu, no oeste do estado. O tema da festa era em homenagem ao presidente Lula e ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Para abrir a sessão, foram definidos os sete jurados responsáveis por definir pela absolvição ou pela condenação do réu. Foram sorteadas quatro mulheres e três homens. Na sequência, os membros do júri deram início a sessão dos depoimentos.
A primeira a depor foi Pâmela Suellen Silva, viúva de Arruda. A mulher citou que a festa de aniversário de 50 anos do marido não tinha conotação de provocação a qualquer adversário político do PT, tendo apenas intenção de homenagear o aniversariante.

Pamela ainda citou que Guaranho não foi convidado ao evento e quando ele chegou ao local foi avisado que era uma festa familiar. O homem teria voltado ao carro, pegou uma arma e efetuou os disparos contra Arruda.
Ainda no primeiro dia foram ouvidas mais três pessoas. A vigilante Daniele Lima dos Santos, que estava no local do crime, Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Arruda que também estava na festa, e a perita Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, que foi a responsável pelo laudo das imagens.
Já na quarta-feira (12), o julgamento teve continuidade com o depoimento de testemunhas. Outras cinco pessoas foram ouvidas: Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, Marcelo Adriano Ferreira, policial penal e ex-colega de trabalho de Guaranho, Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho, Simone Cristina Malysz, perita, e Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, que também estava na festa.
Após os depoimentos das testemunhas, o réu Jorge Guaranho foi interrogado pelos advogados de defesa e respondeu a perguntas dos jurados. O ex-policial penal voltou a afirmar que não tinha a intenção de matar ninguém e só atirou, pois se sentiu ameaçado.
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